Como quase toda adolescente, eu assisti o filme “A Praia” só por causa do Leonardo di Caprio e foi amor à primeira vista: amei Maya Bay e coloquei na minha cabeça que um dia eu iria para a Tailândia.
Muito tempo se passou, eu consegui juntar um dinheiro e planejei minha primeira viagem para a Tailândia. Quando comecei a comentar com as pessoas que iria para lá sozinha, as expressões variavam entre: pânico – “nossa, mas é seguro viajar sozinha para lá?, arrogância – “nossa, você deve ganhar muito bem para ir para lá, né?”, surpresa – “mas o que é que tem de tão legal lá? e inveja – “nossa, esse é meu sonho”.
E eu viajei ainda sem saber que a Tailândia mudaria minha vida para sempre, em todos os sentidos. Quem tem o hábito de ler blogs internacionais que falam sobre volta ao mundo, vai reparar que grande parte dos blogueiros largou tudo para viajar pelo mundo depois que conheceu a Tailândia.
Bom, essa história eu posso contar em primeira pessoa, pois foi depois da minha viagem para a Tailândia que eu tive certeza que precisava rodar o mundo.
Algumas pessoas foram fundamentais nessa decisão. A primeira delas foi a Pam, uma americana que conheci em Chiang Mai e que estava fazendo uma volta ao mundo. Ela foi a primeira pessoa que conheci que estava dando uma viagem desse tipo. Lembro que logo que ela me contou do projeto, falei – “nossa, você deve ser muito rica”. Quando ela me disse o valor que ela tinha para fazer a viagem inteira, eu quase caí para trás. Pela primeira vez na vida, entendi que era um sonho tangível.
Depois, conheci em Koh Phi Phi, o L. Ele é sueco e apaixonado pelo Brasil, sabe até falar algumas palavras em português, adora bossa nova e largou sua bem sucedida carreira na área de marketing para trabalhar com o terceiro setor. Na época que nos conhecemos, ele ainda trabalhava com marketing, mas, no mútuo desabafo, também me confessou que não aguentava mais a vida corporativa e estava pensando em largar tudo para passar um tempo na América do Sul. Se eu tivesse conhecido o L. uns dias antes, talvez ele também tivesse participado da volta ao mundo como meu namorado.
E ainda tem o D. que é holandês. Conheci ele em Bangkok. Ele se apaixonou à primeira vista, mas confesso que a recíproca não foi verdadeira. Numa daquelas incríveis coincidências da vida, quando ele me perguntou da onde eu era e eu disse que era brasileira, ele disse que estava indo para o Brasil em breve. Eu não acreditei muito na história que ele contou, mas a história era verdadeira. Ele trabalhava para uma empresa na Holanda que tinha vários clientes brasileiros e vinha para o Brasil pelo menos 4 vezes por ano. Para resumir uma história que é muito longa – nós começamos a namorar, ele veio para o Brasil, eu fui para a Holanda, até que chegamos à conclusão que para dar certo não poderíamos ter um oceano nos separando. Ele queria casar e eu não e graças ao término da nossa relação, posso dizer que, em parte, ele também foi responsável pela minha viagem, pois se eu tivesse ficado com ele, não poderia ter ficado com o mundo.
Como a Tailândia tocou meu coração, ela teve um destaque na minha volta ao mundo. Tanto é que acabei passando por lá mais 4 vezes durante a viagem. Apesar de eu ser extremamente apaixonada por Londres, se eu pudesse escolher qualquer outro lugar do mundo para viver, eu escolheria Bangkok.
Eu amo a Tailândia porque não bastasse as belezas naturais (que são muitas), os templos são lindos e o povo tem uma alegria de viver que é digna de inveja.
E eu sequer mencionei a comida que, além de maravilhosa, é muito barata.
Esse post não é patrocinado. A Tailândia nunca me pagou um centavo para falar bem dela. Falo porque gosto, ou melhor, porque amo e porque ela mudou minha vida para melhor. E como digo sempre: um dia eu volto.