Em janeiro, escrevi o post “Atos de Gentileza”. Decidi encarar uma vibe meio Amelie Poulain e fiz uma lista com pequenos atos de gentileza. O item 6 da minha lista era:
Mais paciência com as pessoas que me pedem para trazer só uma “coisinha” quando viajo
Confesso que ano passado eu só informava que estava indo viajar para fora do país quando já tinha voltado. Isso para evitar os pedidos de sempre de: “só me traz um perfume do Duty Free”. Mas este ano farei diferente e darei uma chance. Só que no primeiro pedido de “me traz um iphone”, a pessoa ficará banida da minha lista.
E eu realmente estava disposta a cumprir esse item. Tanto é que perguntei para várias pessoas se elas queriam que eu trouxesse alguma coisa da Europa. E realmente trouxe. Só que dessa vez algo inédito aconteceu: fizeram encomendas e desapareceram depois que voltei. Sendo assim, achei válido dar algumas pequenas dicas para você, viajante, que se ofereceu para trazer alguma encomenda para alguém e para você, pedinte, que fez uma encomenda para algum viajante.
Manual das encomendas de viagem
Aos viajantes de plantão
1 – A pessoa realmente merece?
A pergunta mais básica de todas, mas extremamente necessária, porque tem gente que não sabe o significado da palavra noção.
2 – Duty free tem cota
Calcule antes da viagem se você ainda terá cota disponível depois que comprar as bebidas alcoólicas do pai, do tio, do irmão, do cachorro, do papagaio, das maquiagens da irmã, da mãe e os chocolates da avó e dos colegas de trabalho.
Dica amiga: traga garrafas só para pessoas muito, mas muito próximas mesmo, porque é um empenho ficar carregando o volume extra (principalmente se você irá fazer conexão).
3 – Cobre adiantado
Sinceramente, eu não curtia muito essa história de cobrar adiantado, até porque pago tudo no cartão de crédito, mas diante dos calotes recebidos, creio que essa é a melhor opção. Já percebi que muitos desistem de pedir para você trazer algo quando você pede o dinheiro adiantado.
4 – Amigos, amigos, encomendas à parte
Bom deixar claro para os amigos, familiares, colegas de trabalho e amigos dos amigos que sua profissão não é muambeiro. Além disso, acho importante lembrar todo mundo que, viagem, na maioria das vezes, é um momento de lazer e tudo que você não quer é perder horas preciosas das suas férias procurando determinada loja para comprar só aquela “coisinha” que alguém pediu.
Aos que pedem encomendas
1 – Bom senso
Mantra indispensável. Convém ler com carinho o item 4 acima. Se você tem certeza que o viajante irá passar por determinado outlet/loja/farmácia/livraria, ok. Mas se a sua encomenda for muito específica, lembre que o viajante em questão irá perder tempo procurando a sua encomenda.
2 – Pergunte se ele precisa do dinheiro adiantado
São raras as vezes que eu peço algo para alguém, mas recentemente pedi um shampoo para uma prima que foi para os Estados Unidos. Perguntei se ela queria o dinheiro adiantado e ela disse que preferia receber em real na volta. Acho importante esse tipo de “acerto”, pois nunca sabemos das condições financeiras de quem está viajando. Até porque viajar não é sinônimo de riqueza.
E se mesmo com essas dicas tudo der errado: Keep calm and “venda ou compre no Mercado Livre”.
Alguém mais já passou por alguma situação constrangedora trazendo encomendas de viagem ou pedindo encomendas para alguém?