Conheci umas norueguesas na van de Vang Vieng para Luang Prabang. Decidimos procurar hotel juntas. Ficamos no mesmo quarto e no dia seguinte, decidimos fazer o tour das cascatas Kouang Si.
Eu só levei biquinis brasileiros na bagagem, mas meus biquinis nem são tão pequenos assim (mesmo para os padrões brasileiros). Não uso fio-dental, biquini cortininha, nada disso, mas é fato que não uso um biquini que parece um fraldão (bem, vocês já viram os biquinis lá de fora, né?).
Cheguei na tal cascata de Kouang Si que por sinal é linda e resolvi encarar um banho naquelas águas gélidas. Não sei se vocês sabem, mas asiático entra de roupa na praia ou na piscina. Isso mesmo, eles entram de bermuda e camiseta (mulheres inclusive). Então, qualquer pessoa que estivesse usando um biquini por lá, já seria uma sensação, imagina então, um biquini um pouco menor?
Eu não super curto esportes radicais e muito menos curto qualquer esporte radical na água. Eu sei nadar, mas prefiro ficar no raso mesmo. Só que não sei o que me deu naquele dia, mas fui tomada de uma súbita coragem.
Tinha uma corda pendurada numa árvore em uma das cascatas e a galera se jogava lá de cima. Parecia muito divertido e não muito alto e me lembrou o cabo aéreo da época da colônia de férias (prefiro nem lembrar há quantos anos eu frequentava a colônia de férias).
Uma das corajosas lá em cima
Decidi encarar. Subi na tal árvore e fiquei na fila para pular. Só quando cheguei lá em cima, percebi o quão alto era aquilo. Pensei em desistir, mas um cara que tava lá em cima me encorajou a continuar. Olhei para baixo e vi uma galera fazendo sinal para eu pular. Como eu já tinha pulado de paraquedas, pensei que aquela quedinha seria tranquila.
Peguei na tal corda, que por sinal não julgava ser tão pesada, peguei o impulso e me joguei. Olha, não consegui nem decidir quando eu iria cair na água. A corda era tão pesada que eu devo ter caído um segundo depois.
Levei um super caldo, engoli bastante água, até que consegui voltar para a superfície. Ainda estava me batendo um pouco e procurava fingir uma certa tranquilidade, quando percebi que meu biquini tinha aberto e tipo assim, parte do meu peito estava a mostra para quem quisesse ver.
Quando eu ressurgi das trevas, ou melhor, voltei para a superfície, ainda sem saber do biquini…
Tenho até um certo medo de fazer buscas na internet, porque tinha tanto asiático com câmeras naquele dia, que se duvidar já tem foto minha em sites duvidosos.
Lições que aprendi com esse episódio
1) O negócio pode até parecer divertido, mas nem sempre a realidade corresponde à expectativa.
2) Você pode até querer brincar de Tarzan, mas definitivamente o modelito ideal para isso não é um biquini brasileiro.