Todo mundo sabe o quanto eu amo Londres e se não sabe, vai descobrir quando terminar de ler esse post ali na minha biografia.
Pois é! E você deve saber que o metrô de Londres, o famoso tube é uma atração turística de Londres. Ir a Londres e não tirar uma foto em frente ao símbolo de metrô mais famoso do mundo é o mesmo que qualquer clichê que você queira colocar aqui.
A sensação de escutar o “mind the gap” ao vivo é simplesmente indescritível. Para quem não sabe, eles ficam falando toda hora essa frase porque em certas estações o espaço entre o trem e a plataforma é mesmo enorme, então as pessoas precisam ter cuidado para não se machucar ou em casos piores, cair no trilho.
No final da minha volta ao mundo, passei quase 1 mês em Londres e todos os dias tinha que pegar o metrô. Num dia, eu estava voltando de uma entrevista e de um almoço com um amigo que conheci na Nova Zelândia, quando de repente, sinto um cheiro de queimado no trem.
Num primeiro momento, achei que era a calefação. O metrô também é super conhecido por sua calefação. Ele tá sempre quentinho, o que é ótimo no inverno, mas é algo bem próximo do inferno no verão.
Percebi que algumas pessoas olhavam para os lados procurando para ver se algo estava queimando e aí escutei outras pessoas falando que talvez pudesse ser um cigarro, mas ninguém (ainda) estava em pânico.
Mas o cheiro piorou. Sério, parecia que alguém tava queimando papel na minha frente, até que veio a temida voz. Aquela voz do maquinista (é esse o termo, será?), educadamente pedindo para todos saírem do trem porque havia uma ameaça de incêndio. Veja bem! Ameaça de incêndio. O trem parou e sério, esvaziou em segundos. Lógico que ficaram uns 2 perdidos dentro (sempre tem uns dormindo e uns com ipod no último volume que ficam alheios do mundo), mas aí algumas pessoas entraram no trem e pediram para eles saírem.
Paramos numa estação que não tinha muitas linhas, o que basicamente nos impedia de tentar pegar outra linha do metrô. Alguns foram embora, creio que para a rua pegar um ônibus. Outros reclamavam que se já não bastassem os atrasos constantes, ainda tinha ameaça de incêndio. Juro que fiquei com muita vontade de convidar todos para dar uma voltinha no “nada” lotado metrô de São Paulo, mas fiquei quieta.
Nisso, veio um esquadrão. Sei lá se era anti-bomba, anti-incêndio, quem eles eram, sei que eles entraram em t-o-d-o-s os vagões procurando o possível foco de incêndio. E eles acharam. Sabe o que? Um jornal que tinha sido deixado perto da calefação e estava queimando.
Depois de uns 15 minutos, eles disseram que estava tudo bem, os vagões estavam sem perigo nenhum e que todo mundo podia entrar de volta. Uns medrosos não entraram e preferiram esperar outro trem. Eu entrei, porque faltavam apenas 2 estações para eu chegar onde eu precisava chegar e sei que se tem uma coisa que eu tenho nessa vida, essa coisa é sorte. Porque juízo, já deu para perceber que nem sempre.