Preciso Viajar

Salar de Uyuni. Segundo dia!

E nós acreditamos na lorota do motorista que ganharíamos uns extras no tour e madrugamos. Confira as emoções do primeiro dia do tour de Salar de Uyuni aqui.

Vou confessar que esse era o dia mais esperado por mim, pois sou verdadeiramente apaixonada por água. Adoro lagoa, lago, mar, rio, cascata e também adoro deserto.

Por incrível que pareça, eu estava de bom humor, pois quem me conhece sabe o quanto eu odeio acordar cedo. E o tour começou! O motorista estava num péssimo humor e piorou ainda mais quando o belga pediu para ele parar o carro para tirar uma foto e ele não parou com a desculpa que tínhamos muitas lagoas para ver naquele dia.

Olha, era uma paisagem mais linda que a outra. Parecia que era pintura, tamanha a perfeição de detalhes. E as lagoas, era uma lagoa mais bonita que a outra e é uma pena que por mais que minha câmera seja boa, eu não tenha conseguido captar a verdadeira cor da água.

O deserto

Salar de Uyuni

As lagoas

Chegamos na Lagoa Colorada (você tem que pagar o valor de 150 bolivianos para entrar). Deixamos as coisas no hotel que era uma espelunca (pesadelos só de lembrar) e almoçamos por lá. Nessa noite, todos dormimos num quarto coletivo e, logicamente, os casais fizeram mais um showzinho e juntaram as camas para poder dormir juntos (e depois o povo tem a cara de pau de dizer que brasileiro é que é que curte um barraco).

 

Laguna Colorada

O almoço foi bem simples, um macarrão bem sem gosto e a coca era quente (só para variar).

A próxima parada era a piscina natural. Todos entraram na piscina e eu não tive coragem (herdei do meu pai certas frescuras).

A tal piscina natural térmica

 

Como estávamos correndo com o tour, o motorista falou que eles tinham 15 minutos para ficar lá e eles não concordaram. Eles queriam ficar 1 hora. Eu não concordei, disse que não abriria mão de ver a Laguna Verde porque eles queriam ficar na piscina e eles mesmo sugeriram que eu fosse sozinha com o motorista na Laguna Verde.

O motorista não queria me levar e ficamos alguns minutos discutindo com o grupo o que iríamos fazer. Eu alegava que não abriria parte do resto do tour para ficar na piscina, eles alegavam que queriam mais tempo na piscina e enfim o motorista concordou em me levar.

Foi uma hora para ir e uma para voltar e garanto que foram duas horas intermináveis. Para começar que ele simplesmente ficou mudo e nas poucas vezes que se pronunciou no caminho de ida, foi para falar que eu não deveria estar ali fazendo o tour sozinha. Nessa parte do tour, em teoria, o grupo deveria ver o Deserto de Dali e a Laguna Verde e ele simplesmente não me mostrou o deserto de Dali.

Por assimilação, desconfio que esse seja o Deserto de Dali

Quando chegamos na Laguna Verde, ele falou que a Laguna era horrível e ele não sabia porque os turistas perdiam tempo indo até lá. Eu tentei argumentar que o lugar era lindo, que gosto era pessoal e aí o cara começou a ficar muito sem noção.

A laguna verde, simplesmente maravilhosa!

 

Começou a me perguntar coisas bem pessoais – se eu tinha namorado, quantos anos eu tinha, porque eu estava viajando sozinha. Eu até respondi e fiquei totalmente indignada quando ele me chamou de velha por ainda não ter casado.

E para completar a tortura psicológica, ele me assediou. Fiquei com muito medo que ele parasse aquele carro no meio do nada, mas felizmente isso não ocorreu. Voltamos para pegar o resto da galera na piscina e seguimos em direção aos geysers.

 

 

Quando chegamos no hotel para jantar, eu contei o que tinha acontecido para o mexicano (até porque ele era o único que sabia falar espanhol e poderia reportar o que tinha acontecido para a agência).

Antes do jantar, ainda rolou mais um pequeno stress, porque todos os outros grupos estavam bebendo chá e café, menos a gente. Eu fui lá pedir nosso chá e o motorista foi muito grosso comigo e disse que nós não merecíamos chá, muito menos café.

Jantamos e fomos dormir, até porque luz foi apagada umas 9 da noite. Dormimos todos no mesmo quarto e decidimos que no dia seguinte, quando voltássemos para Uyuni, pediríamos nosso dinheiro para a agência porque o motorista tinha estragado o nosso tour. E o casal belga ainda queria ir na Polícia Turística e pediu que eu fosse junto para contar o episódio do carro.

Nosso quarto (como eu disse, o hotel era uma espelunca)

E nós ainda não sabíamos o que iria acontecer no terceiro dia. A história continua…

Importante

– Não tem tomada para carregar eletrônicos nesse hotel

– O banheiro não tem água corrente e é simplesmente imundo. Torça muito para não ter dor de barriga nesse dia.

Olha a situação do banheiro!

 

– Eu passei frio de noite.

– Dormi já com a roupa que iria usar no dia seguinte, porque até para se trocar era complicado. O quarto nem cortina tinha e se trocar no banheiro era impossível porque o chão estava sempre molhado.

Acompanhe:

Salar de Uyuni: Primeiro Dia

Dicas para não cair em Ciladas no Salar de Uyuni

Salar de Uyuni: Terceiro Dia

Todos os textos e dicas sobre o Salar de Uyuni

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