Caos. Buzina. Barulho. Calor. Sujeira. Tuk Tuk. Moto. Sorrisos. Difícil descrever a Ásia, uma região tão cheia de contrastes. De um lado, o super organizado Japão, país onde imperam as palavras “ordem” e “disciplina”. De outro lado, a excêntrica China, um país que choca e encanta. E ainda tem o Sudeste Asiático.
Uma coisa que é comum para todos (fora os olhos puxados) é o arroz. Nossa! Se aqui é arroz com feijão, lá é arroz com tudo, mas tudo mesmo. E definitivamente não é o arroz do jeito que a gente come aqui, é aquele arroz grudado e sem tempero. Tem quem goste, mas confesso que não curti.
Foram 34 carimbos nos passaportes. 6 páginas ocupadas com vistos. Foram 9 países, alguns com direito a repeteco como Tailândia, Malásia e Camboja. Nunca esquecerei da educação dos japoneses. Nunca esquecerei do choque cultural da China e de todo mundo cuspindo no chão. Guardarei para sempre a imagem dos pandas na minha memória.
Procurarei lembrar apenas das coisas boas de Bali e dos infinitos campos de arroz. Lembrarei para sempre da modernidade de Singapura, da simpatia do pessoal da Malásia, do ritmo descompromissado do Laos, das crianças do Camboja. Quanto ao Vietnã, prefiro lembrar dos amigos que reencontrei por lá. Porém, difícil mesmo será esquecer da Tailândia. Um país fantástico que me cativou desde a minha primeira visita em 2010.
Acho que nunca conseguirei esquecer do pad thai, das panquecas de banana com nutella, das massagens, do mar verdinho e dos sorrisos. Ah! O sorriso dos tailandeses.
É difícil explicar. A Ásia é capaz de gerar sentimentos controversos. É barulhenta, é cheia de gente, é caótica. É linda, é especial, tem um dos povos mais simpáticos do mundo. Acho que eu sou um pouco como a Ásia. Barulhenta, adoro falar e tenho certeza que quando eu vou embora, as pessoas comentam – ufa! ainda bem que ela saiu daqui. Mas depois reencontro alguns e eles falam – nossa Fernanda, já estávamos sentindo sua falta. E é isso que encontrei para resumir o quanto eu sinto saudades da Ásia.