Uma coisa que muita gente não leva em consideração na hora de planejar uma viagem é o seguro de viagem. Você sabe o que é e como funciona o Para entrada em muitos países, esse seguro é obrigatório.
Seguro de viagem internacional do cartão de crédito
Muita gente acaba usando apenas o seguro do cartão de crédito. Funciona assim: você paga a passagem com o cartão e se o cartão for Platinum ou categoria superior, você tem direito ao seguro gratuito para viagens de até 31 dias. No caso do meu cartão, não precisa nem pagar a passagem (pode ser as taxas de embarque, no caso de passagem emitida com milhas).
Eu ligava para a central do cartão, avisava que iria viajar e automaticamente estava protegida com o seguro. Felizmente nunca precisei acioná-lo, mas só durante a minha volta ao mundo que cheguei nessa palavra “felizmente”.
Em teoria, o seguro do cartão tem as seguintes coberturas. Basta ligar para a central de qualquer país do mundo.
- Adiantamento de despesas hospitalares
- Assistência farmacêutica/odontológica
- Assistência médica
- Envio de documentos
- Hospedagem em hotel após alta hospitalar
- Indicação jurídica
Tentei entrar em contato com a central do cartão, após ele ter sido bloqueado durante minha volta ao mundo. E sabe o que descobri? Que o Skype não faz ligações para números que começam com 4. E já percebeu que as centrais dos bancos e dos cartões começa com 4? O Skype também não faz ligações para números 0800 do Brasil e muito menos ligações a cobrar. Pois é! Sofri horrores para conseguir entrar em contato com a central. Tive que ligar para uma central nos Estados Unidos (sorte que falo inglês).
No mais, ele é válido para quem vai viajar para a Europa (nos países que fazem parte do Tratado de Schengen) e precisa do seguro viagem obrigatório.
A principal vantagem é ser gratuito. A desvantagem é que não serve para viagens mais longas (uma volta ao mundo ou intercâmbio, por exemplo). Aliás, só serve para viagens de até 31 dias.
Seguro de viagem internacional particular
Bom, existem várias empresas no mercado que oferecem esse tipo de seguro. Durante a minha volta ao mundo fiz um com validade de um ano com a Assist Card (a Seguros Promo faz cotação do seguro da Assist Card com preços imbatíveis e você ainda ganha 5% de desconto com o código PRECISOVIAJAR5). Meu seguro cobria assistência médica, odontologia de urgência, proteção de bagagem e mais um monte de coisas.
Passei um ano viajando e utilizei o seguro quatro vezes. Com certeza, o valor das minhas consultas foi inferior ao valor contratado pelo seguro, mas se tivesse fraturado meu tornozelo em Dubai (e tive essa suspeita), só o gesso e raio-x teriam sido mais caros do que o seguro inteiro.
Por sorte, descobri o esquema para ser atendido rapidamente logo no início da viagem. Na minha terceira parada (Dubai), tive uma dor muito forte no tornozelo. Como não conseguia apoiar o pé no chão, achei que poderia ter quebrado. Liguei para a assistência. Ah, a ligação é grátis e (quase) sempre de um número local do país que você está.
Bom, expliquei minha situação e eles falaram que iriam mandar um médico para o local que eu estava. É sempre assim: se eles acham que o caso não é grave, eles vão querer mandar um médico para o seu hotel. Se você não tem pressa, ok. Mas se tem urgência sugiro falar que não pode esperar, que está sentindo muita dor e que prefere ir para o hospital. Foi o que fiz na segunda ligação. Fui para o hospital, tirei raio-x. Não era fratura, mas tive que ser enfaixada. Precisei tomar uns remédios. Paguei com meu dinheiro, depois pedi reembolso e deu tudo certo.
A segunda vez que precisei utilizar o seguro foi na Nova Zelândia. Estava com amigdalite e não conseguia comer, nem falar. Minha garganta estava doendo muito. Como o problema é recorrente, já sabia que precisaria de antibióticos. Liguei no seguro, disse que estava passando muito mal e eles me deram o endereço de uma clínica. Fui muito bem atendida e já saí com os antibióticos.
A terceira vez que precisei utilizar o seguro foi na China. Fui atropelada por uma motinho. Foi mais o susto, esfolei meus joelhos e cotovelos, mas a dor também era insuportável. E a quarta (e última vez) foi quando tive uma intoxicação alimentar no Vietnã.
Dica: se for algo realmente sério e você estiver acidentado, tem que ligar para eles e falar que já está a caminho do hospital e perguntar qual hospital eles têm convênio. Não vá para qualquer hospital, pois eles podem não reembolsar. Ligue antes e pergunte quais são os hospitais conveniados.
Sei que tem muita gente que não dá a devida importância ao seguro, mas já escutei muitas histórias terríveis envolvendo acidentes em viagens e se as pessoas não tivessem o seguro elas estariam ferradas. E é ainda mais importante fazer um seguro em países que não possuem um esquema como o do SUS, como os Estados Unidos. Ficar doente nos Estados Unidos sem um seguro viagem pode te levar à falência. Para os Estados Unidos especificamente costumo fazer um seguro com cobertura mais alta (1 milhão de dólares), porque os serviços médicos são caríssimos.