“Eu comecei a pensar sobre o destino. Esse conceito louco que não somos realmente responsáveis pelo curso que nossas vidas tomam. Isso tudo é predestinado, escrito nas estrelas. Eu não poderia deixar de me perguntar, você pode cometer um erro e perder o seu destino?” (Carrie Bradshaw)
Carrie, uma pessoa que sequer existe, me vendeu a cidade e foi assim que Nova York passou a ser uma obsessão na minha vida. Um dos sonhos de viagens que eu mais demorei para conquistar. Só consegui conhecer em 2011 e o resultado? É, o resultado foi decepcionante. Eis que uma vez lá, você descobre que a Nova York de Sex and The City até existe, talvez só não caiba no seu bolso.
Enfim, após uma semana tumultuada, cansativa e que me fez odiar com todas as letras o metrô da cidade (ainda me sinto traumatizada para comentar), eu prometi para mim mesma que nunca mais voltaria para Nova York (NYC para os íntimos).
E a cada novo filme que tinha NYC como estrela, eu apenas pensava: nem é tudo isso. Só que a vida é muito louca e bastante dinâmica. A gente muda de ideia, a gente conhece pessoas. E foi assim que em novembro de 2014 eu estava lá novamente. Estava disposta a esquecer a mágoa da viagem passada. Estava disposta a dar uma nova chance para a cidade. Confesso, eu fui para lá a primeira vez apenas por causa de Sex and the City. E, nessa segunda vez, já não era exatamente esse o objetivo da viagem.
Meus conceitos mudaram. De fato, “não há nada que você não possa fazer, agora você está em Nova York”. Você só tem que saber onde ir. Longe dos holofotes da Times Square ou dos passeios de barco para turistas. Em uma esquina qualquer de Upper East Side, na frente de um bar que sequer tem placa. Você entra e parece que viajou para a época vitoriana: sofás de veludo, cadeiras de reis e rainhas. Nova York no seu melhor. Ou então, aquele restaurante tailandês autêntico, também longe do circuito turístico. Há ainda outras inúmeras opções de pubs, pizzarias, restaurantes, bares nas coberturas dos hotéis que apenas os new yorkers conhecem. Posso contar alguns deles para vocês, mas eles não vão gostar disso. haha
De fato, curti muito NYC dessa vez, tirando o metrô que continuo odiando. Respondendo a pergunta da Carrie lá do início: não, não acho que podemos perder o nosso destino, simplesmente porque destino não existe. Veja só como são as coisas: eu amo U2. Amo, amo, amo. E, eles iriam tocar todas as noites que eu estaria na cidade. E o que aconteceu? Bono resolveu andar de bicicleta no Central Park e se acidentou. Todos os shows foram cancelados. Não tenho nem ideia de quando verei U2 tocando novamente. Destino? Talvez karma, meu karma.
Então, Carrie…não podemos perder nosso destino. Cometemos erros, muitos deles. Cometi vários nessa viagem e me arrependo de todos, mas perder o destino talvez seja demais. O que é destino afinal? Só posso dizer que dessa vez eu fui “Carried away” por Nova York e não sei se isso era o meu destino ou simplesmente algo que eu tinha que vivenciar.
(English Version)
“I got to thinking about fate. That crazy concept that we’re not really responsible for the course our lives take. That it’s all predestined, written in the stars. I couldn’t help but wonder, can you make a mistake and miss your fate?” (Carrie Bradshaw)
Carrie, a person who doesn’t even exist, sold me the city and that’s how New York became an obsession in my life. One of the travel dreams that took me a long time to accomplish. I only got the chance to visit NYC in 2011 and do you want to know my opinion? My opinion was that NYC was overrated. Once there, you discover there’s a New York from Sex and the City, maybe it just doesn’t fit in your pocket.
Finally, after a tumultuous and stressful week that made me hate with all the letters the subway of the city (I’m still traumatized to comment), I promised myself that I would never return to New York (NYC for close friends).
And every new movie that had NYC as star, it came to my mind: it’s not all that. But life is very crazy and dynamic. We change our minds, we meet people. And so, in November of 2014, I was there again. I was willing to forget the bitterness of the last trip. I was willing to give a new chance for the city. I confess, I was there for the first time just because of Sex and the City. And in this second time, this wasn’t exactly the purpose of the trip.
My concepts have changed. In fact, “there is nothing you can’t do, now you’re in New York.” You just have to know where to go. Away from the spotlight of Times Square or boat trips for tourists. On a street corner of Upper East Side, in front of a bar that doesn’t even has a sign. You walk in and it seems that you’ve traveled to the Victorian era: red velvet sofas, kings and queens chairs. New York at its best. Or, that authentic Thai restaurant, also away from the tourist circuit. There are other numerous choices of pubs, pizzerias, restaurants, rooftop bars that only new yorkers know. I can tell some of them to you, but they’ll not like it. haha
In fact, I really enjoyed NYC this time, despite the subway that I keep hating. Answering that question of Carrie from the start: no, I don’t think we can miss our fate, simply because there isn’t fate. You see how things are: I love U2. Love, love, love it. And they were supposed to play every night I was going to be in town. And what happened? Bono decided cycling in Central Park and crashed. All the shows were canceled. I have no idea when I’ll see U2 playing again. Fate? Maybe karma, my karma.
So Carrie … we can’t miss our fate. We make mistakes, lots of them. I made several on this trip, and I regret all of them, but missing fate maybe is too much. What is fate anyway? I can only tell that this time I was “Carried away” by New York and don’t know if it was my fate or just something I had to experience.