Nós falamos Shan-ghai, mas eles falam Shan-rrrrai. Não concordo com quem diz que visitar Shanghai não é visitar a China. Gostei muito de Shanghai e recomendo a visita.
Destaque super especial para a área chamada The Bund que é lindíssima.
Muita coisa em Shanghai não está escrita em inglês, mas o metrô está. Ou seja, é bem tranquilo se locomover com o transporte público. Também não precisa se desesperar se no meio do caminho você encontrar uma placa com as localizações dos lugares apenas em mandarim. Aconteceu comigo e olha o que eu fiz. Eu tinha um mapa do metrô escrito em mandarim e inglês e nesse mapa tinha o nome de todas as estações próximas aos pontos turísticos. Eu estava no The Bund querendo ir para a People’s Square, quando vi uma dessas placas de localização com a distância em mandarim. Peguei o mapa, identifiquei os traços (que é o alfabeto deles) e por assimilação encontrei People’s Square. Fui pensando: começa com um traço que parece uma casinha e termina com um traço que parece um J. Sugiro andar com esse mapa bilíngue que não tem muito erro. Pior dos casos, você recorre a mímica apontando para um chinês.
Dicas quentíssimas de Shanghai
O metrô é muito fácil de usar. O problema é que cada troca de linha dentro das estações demora um tempão e ainda tem o negócio do raio-x que você tem que passar dentro das estações, então fique atento nessa dica: existem dois ônibus turísticos (daquele de dois andares) em Shanghai. Um que é o tal pega-trouxa, tem praticamente a mesma rota do outro, só que custa 3 vezes mais e tem o ônibus turístico normal que custa inacreditáveis RMB 30 (U$5). Bilhete válido por 24 horas.
O nome do ônibus caro é Big Bus. Fuja desse ônibus! O ponto principal dele fica na saída 7 do metrô da People’s Square e se você perguntar lá dentro da estação, eles vão recomendar esse ônibus.
Vá direto para a saída 10 do metro da People’s Square e quando chegar na rua, vire à esquerda e ande menos de 3 minutos até encontrar a loja da Porshe do outro lado da rua. Não precisa atravessar, porque o ponto é ali mesmo, no mesmo lado da rua da saída do metrô. Compre seu bilhete direto com o motorista, mas certifique-se que está pegando o ônibus normal (a cor é um vermelho mais vivo) e não o Big Bus (esse tem uma cor meio bordô). Porque os caras são tao espertos que também param nesse ponto para pegar os turistas desavisados.
Eu tive bastante dificuldade para achar esse ponto. Por sorte, vi o ônibus passando na rua, fiz um sinal para o motorista e ele parou ali mesmo no meio da rua e me deixou subir. Se preferir, faça todos os passeios de metrô ou a pé. Não é difícil, mas o ônibus facilita sua vida e é barato.
Se você esta há muito tempo na China ou muito tempo sem comer carne vermelha ou sentindo muita saudade da comida do Brasil, encontrei um restaurante brasileiro em Shanghai. Não é aquela Brastemp, mas é barato e quebra um galho. Alguns garçons são brasileiros e perguntei da onde vinha a carne. Eles me garantiram que vem da Austrália. A grande maioria estava comível e ainda rola arroz com feijão, purê de batata, farofa, um buffet de saladas excelente e ainda uns pudins de sobremesa. Custou apenas RMB 98 o rodízio no almoço (uns U$15). De noite, o garçom me falou que tem mais variedade e é um pouco mais caro RMB 138 (uns U$23). Chama-se Brasil Steak House e fica a 5 minutos andando da estação Hengshan Rd da linha 1. Use a saída 2 do metrô e vire à esquerda. Ande uns 5 minutos e lá estará um complexo de restaurantes, Starbucks, pizzarias e essa churrascaria. Não tem erro. O endereço é esse 4 Hengshan Lu, near Gaoãn Lu.
Outra coisa interessante de Shanghai – acho que é a única cidade do mundo onde com U$1.2 você vai ao aeroporto. Dá para ir para os dois aeroportos da cidade de metrô pagando muito pouco. Paguei RMB 7, isso dá pouco mais de U$1. Demora mais ou menos uma hora do centro até o aeroporto. Não vou mentir, o metrô vai lotado, mas por esse preço vale até carregar uma mochila pesada por 1 hora em pé.
Outras imagens da belíssima Shanghai
