Se você tiver um dia sobrando em Curitiba e estiver com carro sugiro considerar Vila Velha para um passeio. O parque estadual de Vila Velha fica a apenas 80 km de distância da capital paranaense.
Nós fizemos uma mini-excursão Preciso Viajar para lá no final de semana passado. Fomos eu, Manu, Gustavo (marido da Manu) e a Raquel (uma amiga minha). Saímos de Curitiba logo de manhã. A estrada é tranquila, pista dupla e pedagiada. Aliás, são dois pedágios e não são muito baratos.
Tanto eu como a Manu tínhamos estado no parque há mais de 20 anos, então nossa memória era um tanto quanto falha. Muita coisa mudou desde então, começando com o fato que agora você não pode mais fazer o trecho interno do parque com seu próprio carro. Agora você chega, estaciona e vai até a recepção. Lá você faz um “check-in” e é encaminhado para uma sala para assistir um vídeo. Atenção: você não tem escolha. Assistir o vídeo é obrigatório. Dura uns 10 minutos e vídeo é interessante, só que acho chato a pessoa ser obrigada a fazer qualquer coisa, principalmente quando está passeando.
Saindo da sala do vídeo, você é encaminhado até a bilheteria. A entrada completa do parque para brasileiros (arenitos + furnas + lagoa dourada) custa R$18. Pagam meia-entrada os estudantes, doadores de sangue, moradores de Ponta Grossa e funcionários públicos estaduais e federais. Eu me ferrei nessa porque não havia nenhum tipo de aviso no site sobre isso e obviamente não levei meu crachá. Maiores de 60 anos, crianças de até 6 anos e portadores de necessidades especiais não pagam a entrada.
Nós compramos a entrada completa. Ficamos esperando o ônibus nos levar até o início da trilha. Começamos pelos arenitos, as formações rochosas. Eu lembrava de uma trilha enorme, mas nem é tão enorme assim. Nós fizemos em pouco mais de uma hora e paramos inúmeras vezes para tirar fotos. A trilha é sinalizada e você pode olhar as rochas e tentar identificar os animais e/ou objetos. Alguns são fáceis, outros não consegui identificar nem com muita imaginação.
Quando a trilha termina, você tem que esperar novamente pelo ônibus (sim, é chato esperar). Voltamos para a entrada do parque e fizemos um piquenique por lá enquanto aguardávamos o outro ônibus que nos levaria até as furnas.
Agora você só visita duas furnas e cortaram a melhor parte que era descer até elas. Hoje, o máximo que você consegue é uma visão bem mais ou menos de alguns dos mirantes. Nossa opinião: as furnas estão abandonadas.
Outra coisa extremamente chata é que antes de visitar as furnas você é obrigado a escutar uma guia contar a história do parque. Acho a ideia muito interessante, mas não do jeito que estão fazendo. A guia ficou falando mais de 40 minutos. O grupo estava praticamente desidratando debaixo de um sol escaldante. Não tinha necessidade para estender tanto o falatório. Acho que deveria ser opcional e quem quisesse escutar que ficasse por lá e quem não quisesse que fosse explorar o parque.
Depois que você visita as furnas tem que esperar novamente pelo ônibus para finalmente conhecer a lagoa dourada, que não é bem dourada, mas é bonita.
Opinião geral do grupo: os arenitos valem a pena, mas as furnas do jeito que estão não valem. Gostamos da lagoa, mas achamos que não valeu todo o tempo que tivemos que esperar entre ônibus e guias.
Dica: dá para parar na Colônia de Witmarsum na volta para Curitiba e se deliciar com as guloseimas alemãs.