A volta para o Brasil

por Fernanda

“Home is where the heart is”. Quando eu voltei para Curitiba, meu coração definitivamente não estava na cidade. Após um ano intenso e que foi sem dúvidas o melhor ano da minha vida, tenho que admitir que pegar o último voo da minha volta ao mundo não foi fácil.

Como sempre, não mentirei e não esconderei os detalhes mais sórdidos. Voltar não foi tão legal assim. Como eu já imaginava, cada um levou a sua vida, enquanto eu levava a minha viajando. E, embora eu relutasse em aceitar que a partir do momento que pisasse em solo brasileiro, várias futilidades voltariam a fazer parte da minha vida, tudo isso aconteceu.

Conheci uma suíça em Bali. O nome dela é Nadine. Ela passou uma temporada em um ashram na Índia, no mesmo estilo de Comer, Rezar e Amar. Ela ficou horas me contando da sua grande transformação pessoal e como ela achava que tinha evoluído como pessoa, aí ela finalizou com a seguinte frase – “voltei para a Suíça e em menos de 10 dias, já levava a boa e velha vida de sempre, sem me preocupar com os detalhes mais sórdidos do mundo”. Eu lembro que minhas palavras foram –  “no meu caso, é impossível voltar àquela vida de sempre, depois de ver tanta pobreza e miséria, ainda mais voltando para o meu país que é pobre e cheio de desigualdade social”.

Não deu 10 dias e pressionada pela sociedade, fui ao salão. Cortei e pintei meu cabelo, fiz escova progressiva, manicure, pedicure, enfim, tudo que tinha direito. Não vou ser hipócrita e dizer que não fiquei feliz fazendo isso, mas fiquei triste ao perceber que teria que voltar ao velho “sistema”.

Eu amava tanto a minha vida mundana, as pessoas que eu ía conhecendo pelo caminho que sequer se importavam se minhas unhas estavam com ou sem cutícula, com ou sem esmalte. Cheguei a passar meses sem nem pentear o cabelo direito e por que automaticamente essas coisas passaram a ser importantes assim que pisei em solo brasileiro?

Essa é uma coisa que talvez só quem já tenha morado fora vá entender. São as diferenças gritantes entre o estilo de vida brasileiro e o estilo de vida europeu. Como sofre aquele que volta após uma longa temporada no exterior…

Por mais que eu tenha tentado evitar o assunto “volta ao mundo”, esse assunto sempre fará parte da minha vida. Mas quem realmente se interessa por ele, são vocês, meus queridos leitores. Posso contar nos dedos de uma mão os amigos que se interessaram em saber o país que mais gostei, os que pediram para ver fotos e os que perguntaram da viagem. Imprimi 700 fotos que estão lá, guardadas para quem sabe um dia mostrar para os netos.

Angkor Wat no Camboja

Angkor Wat no Camboja

A indiferença doeu, mas felizmente aprendi a lidar com ela. Uma coisa que aprendi durante meu ano sabático é que devemos manter ao nosso lado só quem nos faz bem. Sabe aquele famoso ditado – “não trate com prioridade quem te trata como opção?”. Pois é, virou meu novo lema de vida.

E como tudo na vida, sempre tem o lado bom. Fiz novos amigos, entrei para a RBBV, uma rede de blogueiros de viagens e consegui passar vários avatares que tinha muito contato no mundo virtual para a categoria de amigos no mundo real. Discordo totalmente de quem diz que é impossível fazer bons amigos via internet. Os melhores que fiz esse ano foi através dela e principalmente por causa desse blog.

Tive bastante tempo para pensar no que quero fazer da minha vida profissional daqui para a frente e cheguei à conclusão que marketing não é a minha praia. E por mais que eu tenha me decepcionado com uma sequência de nãos que recebi do mundo corporativo, tenho que admitir que foi melhor assim, afinal tudo tem seu tempo.

O ano sabático e a volta ao mundo foram as melhores coisas da minha vida. Vivi uma vida sem rotina, sem telefone celular, sem compromissos. Tive a certeza que as barreiras só existem nos nossos conceitos previamente definidos. Em todos os países que visitei, fosse rico ou fosse pobre, eu senti que todas as pessoas esperam a mesma coisa da vida: a felicidade. E eu, assim como elas, também estou buscando isso.

Camboja

As crianças do Camboja tocaram meu coração.

Aprendi muitas coisas durante o caminho. Só que infelizmente não aprendi a dizer adeus. Se eu tivesse uma máquina do tempo, eu voltaria para vários momentos da viagem só para sentir de novo aquele frio na barriga que eu tinha em cada troca de país. Só para sentir de volta a emoção de chegar em lugares que eu achei que eu nunca chegaria. Só para sentir de volta meu coração disparar, só para sentir de volta a sensação de fazer amizade com um completo estranho que eu tinha conhecido no quarto do hostel.

volta ao mundo

Não tenho essa máquina do tempo e nem uma máquina de teletransporte, então só posso agradecer por todas as oportunidades que tive na vida e o caminho que a vida me levou em 2011. Queria agradecer a chance de ter conhecido pessoas tão especiais que estiveram comigo nos momentos bons e nos ruins e dizer aqui publicamente que a viagem não teria tido 1/10 da graça sem vocês, afinal a felicidade só é real quando é compartilhada.

volta ao mundo

Enquanto os outros tinham o sonho de casar, ter filhos, serem executivos de sucesso, meu sonho era rodar o mundo. 11 meses e meio, 20 países visitados e para ser sincera, esse foi só o começo.

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57 comentários

Luiz Jr. (Blog Boa Viagem) 9 de novembro de 2012 - 14:36

Boas vibrações lendo o seu texto! A realidade é que enquanto estamos aqui na “vida normal”, somos subjugados por conta da nossa aparência, nossos valores não são tão fundamentais, nossa casa já não é a mais a mochila.

Acredito que passar por uma viagem de 11 meses ao redor do mundo transforma a nossa mentalidade justamente no ponto em que você mencionou que estamos vivendo para uma realidade alternativa, em que precisamos nos casar, sem bem sucedidos, ter felicidade com as coisas mais fúteis.

Sou solidário aos seus sentimentos e me identifico com todos eles 😉

Responder
Fernanda 9 de novembro de 2012 - 14:57

Luiz, eu conheci um fotógrafo famoso na Nova Zelândia (só descobri quando voltei para o Brasil). O cara também tinha largado tudo, estava perambulando pelo mundo, vestindo sempre as mesmas roupas e quando voltou para o Canadá mandou um e-mail dizendo que a lição mais fantástica da viagem dele é que ele teve a chance de ser ele mesmo, viver sem roupas de marca e sem nenhum tipo de status social. Nossa, ele me tocou demais com aquelas palavras e acho que todo mundo que tem um espírito nômade (ou gosta muito de viajar) se identifica com isso. Como a Liz Gilbert disse no livro Comer, Rezar e Amar – “eu amo minhas viagens, porque elas são minhas e são exatamente a minha cara”. Mas a vida continua e ficam as boas lembranças. 🙂 Obrigada pela visita!

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Natalia 9 de novembro de 2012 - 19:47

Me identifico bem com essa parte da indiferença e das cobranças um tanto veladas relativas à aparência quando vou visitar a familia no Brasil. Ninguém se interessa pelo valor que experiência de morar fora agrega ao nosso capital humano, como isso expande nossos horizontes, como mexe com o sistema de valores, mas querem saber se comprei tal coisa de tal marca (geralmente conheço 10% das marcas que me são questionadas), quanto custou tal coisa (oi??) ou se fui no melhor hotel/restaurante/sei-la-o-quê (melhor é tão subjetivo e pessoal, né?). Me sinto um pouco peixe fora d’agua quando chego, mas em 5 dias sublimo tudo isso e a temporada transcorre tranquila. Duro mesmo foi o primeiro ano que voltei, agora acho que cada ano que passa a gente fica mais flexivel e faz ouvido de mercador pra determinados comentarios/perguntas. A maior bagagem dessa experiência somos so nos mesmos que vamos perceber, e por mais que você acabe sucubindo ao “sistema”, vai fazer isso de uma forma completamente diferente 🙂

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Fernanda 10 de novembro de 2012 - 10:13

Eu morei 2 anos e meio na Europa e quando eu voltei, as pessoas só me perguntavam se eu tinha comprado na loja X, Y e Z que eu nem sabia que existia. Cheguei a conclusão que mudam os amigos, mas os pensamentos sobre morar fora, fazer uma viagem de longa duração são os mesmos em qualquer parte do Brasil. rs
Mas a gente se acostuma a tudo nessa vida. Pode ter certeza!

Responder
Vânia Albarracín 9 de novembro de 2012 - 19:56

Pois é Fernanda! Bem por aí, só se preocupam com roupas de marcas e COMPRAR enquanto a gente aproveita a vida. (hehehe) A gente só aprende o que é primordial quando passa meses usando a mesma roupa, sai igual em todas as fotos e vive como cigana. (hehe) Sobre perguntar da viagens e lugar bem assim mesmo. Me sinto muito mais identificada com a galera da RBBV, aliás já te considero uma amiga e temos que escolher apenas o destino, porque uma viagem juntas está de pé!

Responder
Fernanda 10 de novembro de 2012 - 10:11

Sim!!! Temos que escolher o destino para viajarmos juntas. beijos

Responder
Elana 10 de novembro de 2012 - 10:23

Parabéns Fernanda! O seu blog é o melhor de todos, acompanho direto e este post me tocou…daqui 3 meses estou voltando para o Brasil (1 ano de AUS), só espero não me arrepender de voltar =/ agora tão perto é uma mistura de sentimentos…
Ah! continuo com o meu livro comer, rezar e amar, só nao lembro do final, ela encontra um novo amor? hahaha
beijos

Responder
Fernanda 10 de novembro de 2012 - 10:32

O que você acha que ela encontra para o livro ser um best-seller? hehehe. E ele é brasileiro. Li o segundo livro – Comprometida, mas achei meio ruim. No começo, vai ser um mix de sentimentos entre amor e ódio (já passei por isso quando voltei depois de quase 3 anos na Europa). Mas a gente se acostuma a tudo na vida, pode ter certeza.
E obrigada pelo elogio de ser o melhor blog de todos. Fiquei até vermelha. beijos

Responder
Savio 10 de novembro de 2012 - 11:42

Fernanda,
existe em uma pontada de “inveja branca” (se é que isso existe) cada vez que leio seus textos e vejo suas fotos sobre seu ano de 2011. Tive meus bons momentos de viagens, mas nada que passe 13 países, bem longe dos seus 43, e acho que, todo mundo que gosta e consegue viajar se despreendendo do mundo (no passado fiz mochilão na Europa sozinho indo pra hostels) do dia a dia, volta com sentimentos como os seus, e esses duram por algum tempo, sempre. Um dos meus melhores amigos está com essa mesma depois de uma temporada de 3 anos em Londres e rodando vários países. No fim, ficam as memórias, as boas e as dos perrengues, que acabam virando momentos de risada hoje em dia. Parabéns por tudo que fizestes, e um dia quero mesmo ver essas fotos com direito a explicações dos lugares, viu? 🙂 Beijo!

Responder
Fernanda 10 de novembro de 2012 - 11:58

Oi Savio, é verdade. Já me falaram isso da inveja. Mas você resumiu bem, ficam as memórias boas e dos perrengues. hehehe. Acho que das 700 fotos que revelei, já devem ter pelo menos 300 aqui no blog, mas um dia a gente marca mesmo. beijos e obrigada pelo comentário!

Responder
Fernanda 10 de novembro de 2012 - 19:44

Fernanda, eu so consigo imaginar o que e passar por uma experiencia como a que voce passou, e depois lidar com o fim de uma viagem dessa. Sendo numa viagem volta ao mundo, ou numa mudanca para fora do pais, a gente volta e ve que as pessoas nao tem o mesmo interesse que a gente, e a gente acaba mesmo aprendendo a lidar com isso. Engracado que eu criei meu blog pra compartilhar minhas experiencias com minha familia, com meus amigos, mas sao eles mesmo que nao leem. Quem acaba lendo sao expatriados como eu, e no seu caso, pessoas que adoram viajar e sao loucas pelo assunto viagem, como eu sou. Eh assim mesmo que acontece. Adoro ler seus textos pela maneira que voce escreve, pela sua sinceridade e pelo conteudo claro! Beijos!

Responder
Fernanda 10 de novembro de 2012 - 19:54

Obrigada Fer! Quando eu pensei no blog, eu só tinha uma certeza: sinceridade seria o diferencial dele.

Responder
Lidia Norte 10 de novembro de 2012 - 23:35

Que texto lindo, Fernanda!
Gostei muito mesmo! Quando vi no seu tuíter que vocÊ havia escrito sobre isso, tive que vir aqui ler, embora esteja viajando… Mas sempre sobra um tempinho à toa para entrar na Internet, né?
E adorei o que li. Consigo imaginar – mas só imaginar – isso que você está sentindo e sentiu. Essa coisa da “indiferença”, de ver todo mundo seguindo a vida enquanto você seguiu a sua deve ser algo muito duro! Mas ao mesmo tempo não é fantástico pensar que você, em 1 ano, praticamente se tornou outro ser humano? Além do fato de ter vivido mil e uma aventuras e conhecido vários e vários países, você quebrou barreiras e superou expectativas! Tanto é que vai mudar de área! Isso é uma coisa que TANTA gente tem vontade de fazer e não tem coragem…
Enfim, não vejo a hora de dar a minha volta ao mundo também! Apesar de nunca ter lido sobre esse lado antes, isso só faz aumentar minha vontade de ir…
Beijos,
Lidia.

Responder
Fernanda 11 de novembro de 2012 - 09:12

É o que eu falo para todo mundo: foi a melhor coisa que fiz na vida e mesmo que soubesse das dificuldades, ainda faria tudo de volta. Vale a pena!

Responder
Celina 11 de novembro de 2012 - 17:48

Fernanda querida,
Acho que esse seu sentimento, não importa a idade que a gente tenha, nem exatamente quantos países conheceu, mas sim, os olhos de quem viu e principalmente de quem sentiu a viagem. Já conheci pessoas que fizeram a volta ao mundo, mas que tecnicamente nunca saíram do lugar.
Cada vez que volto para o Brasil, tenho a mesma sensação. Só no meu quarteirão são quase 8 salões de beleza e 4 farmácias! Meu bairro está virando “High Street”, Fico vendo as pessoas comprando e se endividando, sem imaginar que com uma bolsa podem conhecer uns três paises aqui na Europa e ainda sobra troco para comprar uma … bolsa!
E também dou graças a RBBV por ter conhecido pessoas que sentem como eu e que vêem com olhos (lindos) como os seus! Adoro ter te conhecido, viu!?

Responder
Fernanda 12 de novembro de 2012 - 06:56

Oi Celina!
Obrigada pelas palavras. Também adorei muito ter te conhecido e você resumiu bem, tem gente que viaja, mas tecnicamente não sai do lugar. beijão!

Responder
Jaffé VZ 13 de novembro de 2012 - 20:50

Fernanda, que show o depoimento, digo a vc que gostei do blog mais pelo modo que trata a vida em si, do jeito aventureira, de sair e não parar mais, arriscar e perder oq tem por uma paixão, realmente isso pra mim tbm é uma coisa satisfatória.. enfim
ainda teremos mais viagens pro futuro?

Responder
Fernanda 13 de novembro de 2012 - 21:10

Oi Jaffé! Espero que muitas outras.

Responder
Jakeline 26 de novembro de 2012 - 11:30

Depois de muito economizar e me desdobrar realizei meu sonho de vir pra Austrália fazer intercâmbio… Depois de 6 meses fora não tenho quase ninguém do Brasil que me ligue, mande email ou curta minhas fotos no Facebook… Quando li esse teu post me identifiquei demais… E fico me perguntando se não é inveja o que os nossos “amigos” sentem da gente… Da gente que teve ousadia de economizar e gastar nosso dinheiro na única coisa que realmente nos torna rico: VIAJAR!

Responder
Fernanda 26 de novembro de 2012 - 12:38

Nossa, resumiu o que penso Jackeline!

Responder
Andressa 30 de novembro de 2012 - 13:01

Olá meu sonho é conhecer um pouco desse mundo e eu estou pensado em passar um ano viajando
Eu gostaria de saber na sua opinião se daria pra viajra 25 paises em 1 ano?

Responder
Fernanda 30 de novembro de 2012 - 13:27

Oi Andressa,
Com certeza dá, porque países menores como Singapura ou Malásia exigem menos tempo. Quais você está pensando?

Responder
Andressa 30 de novembro de 2012 - 23:12

Olá Fernada então são esses países que eu estou pensando o que você acha?
Argentina, Bolivia, Peru,Chile,Venezuela, Colômbia,Estados Unidos, Mexico,Tailândia,Indonésia,Jordânia, Egito, Marrocos, Turquia, Nova Zelandia, França Itália, Inglaterra,Holanda, França, Portugal E Espanha. Sendo que algum desses eu só quero conhecer a capital.

Responder
Fernanda 1 de dezembro de 2012 - 07:34

Eu acho que dá sim. Você não precisa mais do que 10 dias na Jordânia e na Venezuela espero que você só esteja pensando em Los Roques porque o resto é muito perioso.

Responder
Andressa 1 de dezembro de 2012 - 11:12

Eu quero fazer tipo um mochilão, quanto é que você acha que eu vou gastar?

Fernanda 1 de dezembro de 2012 - 18:10

Só você vai conseguir fechar esse valor. É a etapa que exige mais tempo – o planejamento. Fazer simulação de passagens, ajustar bem o roteiro e depois pegar a média de valores por país (que eu já postei aqui no blog). E o valor vai variar de acordo com seu estilo de viagem, onde você vai dormir, como vai se locomover, etc. Eu até faço consultorias personalizadas para esse tipo de viagem, mas no momento não tenho condição de aceitar nenhum trabalho novo.

Yuri Camargos 3 de dezembro de 2012 - 17:20

Olá Fernanda, tenho 22 anos estou terminando minha faculdade e fiz um mochilão que mudou a minha maneira de enxergar o mundo e tenho uma vontade imensa de conhecer o mundo e pesquisando encontrei seu blog e lendo um artigo observei que vc ficou surpresa ao ver que uma americana (na sua primeira viagem a Thailandia) estava dando uma volta ao mundo com uma quantidade abaixa do que vc imaginava. Para ser sincero tenho uma ideia que para fazer uma volta ao mundo vc precisa de mta grana, mas creio que é uma ideia um pouco errada das coisas.. Será que não teria como vc me dar umas dicas ou algo do tipo..
Desde já agradeço, Obrigado!!

Responder
Fernanda 3 de dezembro de 2012 - 18:47

Conheço gente que fez com R$24.000. Agora dá um pouco mais porque o dólar subiu, mas uns R$30.000 já dá para fazer uma viagem bem legal.

Responder
Lilian dias de Oliveira 3 de fevereiro de 2013 - 03:03

Ola Fernanda,
Encontrei seu blog a pouco e eu estou devorando o mesmo!!!! 😉
Eu me vi inumeras vezes nas suas histórias, eu estou fazendo uma volta ao mundo neste momento. 😉 estou no meu nono mes, 19 pais e ainda tenho mais 3 meses e meio desta aventura.
Li este post agora e por mais que eu amooooooo muito tudo isso, vibro demais com cada conquista, choro nas despedidas e ate mesmo quando conheço alguem que eu sinto que eh do bem, estou vivendo coisas que nunca tive a capacidade nem se quer de imaginar, eu estou preparadissima para a minha volta.
Eu nao vejo a hora de abraçar cda um dos meus, de deitar na “‘MINHA” cama. Hahahahahah
De abraçar cada um da minha familia e meus amigos, de receber meus amigos do mundo na minha casa! De comer feijuada, rodizio de comida japonesa, tomar minha breja gelada no bar do Sr. Fernando! Nuuuuuuuuuuuuuuuu, são tantas coisas que quero na minha volta que por mais que eu pare para pensar que será dificil, que sentirei saudades da
Liberdade, do novo a cada dia, das aventuras, dos maravilhosos por do sol, eu tenho certeza que o que me espera suprira tudo isso!!!!!!
Mas, enquanto isso minha energias estao 100% voltadas para o agora! Ainda tenho mais 3 meses e meio e com certeza virei te visitar muitas vezes para pegar algumas dicas, para conhecer um pouco mais desta Brazuca que teve a coragem que pouquissimos tem de REALIZAR sonhos!!!!!!
Muito prazer, vou me acabar aqui no seu blog nos meis tempos livres!
E infelizmente eh uma pena não termos nos encontrado nesta caminhada.
Lili

Responder
Fernanda 3 de fevereiro de 2013 - 11:09

Oi Lili,
Lembrei que logo que cheguei fritei um pastel (foi a coisa que mais senti falta durante a viagem). Depois fui na churrascaria e comi umas coisas que queria e aí, umas 2 semanas depois eu já estava de saco cheio e louca para ir embora. hahaha
Tomara que o mesmo não aconteça com você e que você adore voltar. Mas realmente não deixe de aproveitar os meses que faltam, porque te garanto, você sentirá saudades da estrada.

beijos

Responder
Fernanda 24 de fevereiro de 2013 - 11:07

Oi Fernanda,
Nem sei como vim parar aqui no teu blog, mas mto legal tuas viagens e histórias.
Estou no meu “quinto ano sabático” ahhahaha, mas diferente de ti, estou fazendo aos pouquinhos e não em uma tacada só. Neste período já morei na Europa, trabalhei em uma cia de cruzeiros e agora estou na Austrália, para em um tempo que ainda não determinei fazer Asia e Oceania.
Lendo tuas histórias relembrei vários perrengues encontrados no meio do caminho que hoje rendem boas gargalhadas e saudades: dos amigos que “ficaram” pelo caminho, dos lugares que talvez tu não volte a visitar, enfim…
Vou vir sempre esse teu espaço pra pegar dicas das bandas de cá!!
Toda sorte do mundo pra ti de volta ao Brasil!!
Bjão =****

Responder
Fernanda 25 de fevereiro de 2013 - 19:51

Nossa, invejei esses 5 sabáticos agora. Eu morei aí na Austrália também, mas confesso que não gostei muito. Sou mais Europa. rs
Boa sorte para vc tb e sinceramente, não volte. hehehe

bjs

Responder
Fernanda 25 de fevereiro de 2013 - 23:23

Confesso que também sou mais Europa (que meus amigos daqui não me leiam hehehe). Australia é linda, mas extremamente cara e confesso que a rotina me deixa nervosa ahhahaha =)
Vamos ver onde meus caminhos irão me levar. Te conto depois!!!
Bjão =****

Responder
Fernanda 25 de fevereiro de 2013 - 23:32

Extremamente cara. Tocou no ponto que dói. E longe do mundo. Outro ponto que dói.

Responder
Jenni 7 de março de 2013 - 19:39

Fernanda, adorei seu blog e suas experiências. Morro de vontade de fazer uma viagem assim, por enquanto só consegui mochilão de férias… Espero e planejo um dia poder dar a volta ao mundo.

Adorei também o seu post sobre a volta, que realmente é sempre dolorida em vários sentidos, principalmente quando vemos que familiares e amigos não se importam com nossas experiências, mas sim com que gastamos com compras. É difícil, para muita gente, entender que o mais valioso de uma viagem é a experiência.

Nos meus mochilões sempre sou criticada, porque acham que é um dinheiro jogado fora. Mas acho que viagem é o melhor investimento que se faz.

Parabéns pelo blog e desejo muitas aventuras ainda para você.

Responder
Fernanda 7 de março de 2013 - 20:06

Pois é…comentários assim que me fazem querer continuar com o blog, sabe? Porque são os leitores e amantes de viagem que conseguem entender o que eu sinto.
bjs

Responder
Rafaela 4 de abril de 2013 - 12:32

Olá Fernanda, tudo bem?
Descobri seu blog hoje, meio que do nada na internet.
E depois de ler vários posts e aventuras, me apaixonei 🙂
Gostei mt do seu estilo de vida, e acho que vc deve ser uma pessoa mt massa msm!

Daí vendo mais, acho que vc mora em Curitiba certo?

Enfim, eu estou agora na França, morei 1 ano e meio na Alemanha, quase 2 meses na França, e em alguns dias estou voltando para o Brasil, e para Curitiba. Lendo esse post agora, já dá até pra imaginar como será essa minha volta, depressão após intercâmbio, haha.

Enfim, não sei como é seu tempo por aí, e se vc é aberta a novas amizades. Mas caso tenha vontade, a gnt poderia se encontrar em algum lugar, e conversar. Curto mt a mente de pessoas q viajaram tanto, e dpois de tanto tempo em intercâmbio acho q vai ser difícil acostumar a vida normal.

É isso, feel free to write me 🙂

Beijos!

Responder
Fernanda 5 de abril de 2013 - 23:24

Sim, quando voltar, me mande um email contato@precisoviajar.com e combinamos alguma coisa. Bom retorno!

Responder
Simone 21 de abril de 2013 - 00:41

Fernanda estou apaixonada pelos seus textos , suas experiencia …
dá vontade de ficar num sofá , com uma caneca de café ou chocolate quente , só vendo suas fotos e ouvindo suas histórias …e viajando nos pensamentos igual ao menino maluquinho … tentando ver tudo aqui que vc descreve … ai que delicia !!
Esse pessoal pobre ( de alma e sabedoria ) não sabe o que esta perdendo, se fosse eu devoraria sua experiencia e tomaria suas emoções como minhas …
Amei, voltarei aqui mais vezes .
bjs
Simone Lam

Responder
Ana Carla 3 de maio de 2013 - 20:10

Me identifiquei demais, rsrs… Passei um tempinho fora tb (BEM menos que vc) e é impressionante como ninguém tem interesse nenhum em saber do que rolou por lá, só meus amigos viajantes da internet mesmo. Aliás, do meu mundo “real” só quem se interessou pelas histórias foram meu noivo, meus irmãos e cunhadas, meus pais até tentaram mas se entediaram rápido, hahaha! Tb jurei que não voltaria ao velho sistema mas acaba que nao tem jeito, só fiquei feliz por ter tido coragem de largar minha profissão e agora to buscando trabalhar em um área que me faça mais feliz. Fico meio decepcionada qdo algumas amigas só perguntam o que eu comprei por lá e outras dizem que jamais dividiriam quarto com um monte de estranho – cara, essa é uma das melhores partes! Conheci tanta gente legal, fiz tanta amizade e vivi tanta coisa joia, que se antes eu já não trocava uma cama em um hostel legal por um hotel 5* hoje é que não troco mesmo, hehe!

@anacarlaaa

Responder
Fernanda 6 de maio de 2013 - 21:58

estamos na mesma. Também larguei minha antiga profissão (que me dava dinehiro, mas me deixava infeliz) e estou em busca de uma área que me faça feliz.

Quanto aos hostels – eu ignoro. Minhas amigas nem sabem o que é isso, nem se interessam em saber e pré-julgam. Eu criei um lema – menos é mais. Menos dinheiro gasto em uma viagem = mais viagens.

Eu quero rodar o mundo (nem que seja com pouco conforto). Tem gente que prefere viajar menos e ficar em hotel 5 estrelas. Eu até já fiquei em muitos hotéis 4 ou 5 estrelas (devido ao meu antigo emprego), mas também não troco a vivência de um hostel por um hotel luxuoso. Lógico que existem situações e situações, mas para mim sendo limpo se seguro, qualquer coisa tá bom.

Responder
Silze 4 de maio de 2013 - 02:07

Olá Fernanda, estou planejando uma viagem e na busca de dicas, tive a felicidade de encontrar seu blog. Estou há alguns dias devorando seus textos, que me ajudaram a reformular minha viagem (refiz todas as reservas de hospedagem).

Esse texto, em particular, me emocionou! Despertou um antigo sonho…

Parabéns!

Responder
Fernanda 6 de maio de 2013 - 21:47

Ai que responsbailidade Silze! Espero que você goste dos lugares que eu fiquei.

Responder
Rodrigo 13 de maio de 2013 - 18:54

Fernanda,

Terminei de ler seu post e te digo uma coisa, essa sua impressão ao voltar ao Brasil nunca vai sumir, afinal você não é mais a mesma.

Voltei há 9 anos e ainda tenho a impressão de que estou em lá em 2004.

Hoje emdia quando volto de uma viagem as perguntas continuam as mesmas de 2004, mas confesso que já aprendi a responder o que querem ouvir, da manos trabalho.

Aprendi que é impossivel passar o que se vive em uma viagem, que não adianta dizer que fazer compras no exterior é uma grande m@#$$, o tempo passa, a compra desaparece no tempo e só seus sentimentos em relação ao lugar/pessoas é que permanece.

Em relação as fotos que vc imprimiu, daqui uns anos, servirão para se lembrar que vc é forte o sufuciente para viajar de novo, de resto, ninguem está interessado, não sei se por inveja ou por medo, mas não tenho mais curiosidade em saber e nem mesmo perco meu tempo contando minhas “peripécias”para quem me pergunta só por perguntar.

Espero que vc possa passar o resto da sua vida com essa disposição em conhecer e experimentar.

Rodrigo

Responder
Fernanda 13 de maio de 2013 - 19:47

Adorei Rodrigo! É exatamente isso.

Responder
Ana Six 14 de maio de 2013 - 15:37

Vc já percebeu que to lendo e comentando vários posts né? Então.
Esse aqui fiquei pensando um pouco no que dizer. Pq estou priorizando as viagens na minha vida e nos últimos anos foquei na Europa. Acabei de voltar de uma trip no Leste Europeu que sempre quis fazer e realmente todo mundo sempre pergunta o que eu comprei na viagem. Cara, brasileiro tá muito vidrado nesse lance consumista dos americanos. Eu to com tanto bode disso que to preparando essa minha trip pra Ozzy e Ásia e apesar de ter visto americano, até hj nunca pisei lá.
Pq, né, viajar pros EUA posso fazer até velhinha, agora ficar em hostel, na Ásia, tem que ser assim, mais nova…
Então, eu senti um pouco isso de viajar pra fora e voltar e perceber que (i) o mundo aqui continua o mesmo: a mesma vidinha besta (como diria nosso amigo Drummond) e; (ii) o povo tem inveja e um pouco de falta de noção também, acho que por isso a falta de interesse.
Só quem viaja desse jeito meio doido, sabe como isso é bacana!
Fiquei num hostel em Edimburgo ano passado e conheci uma senhora (detalhe: que devia ter uns 70 anos). Começamos a conversar e ela tinha feito doutorado em religião (não lembro o nome acadêmico, mas ok), e lembro dela dizendo o quanto a religião influencia no modo de vida e na cultura de cada país. Ela explicou pra mim sobre a diferença entre os latinos (católicos) e os anglo-saxões (tb católicos, mas em sua maioria protestante) e do pq eles serem mais desapegados às coisas e até melhores financeiramente. Paguei um pau! Na hora até fez sentido, mas depois das minhas andanças que continuaram fui percebendo que a nega tinha muita razão no que disse. Mudou minha vida essa meia hora de prosa. Pena que não tirei uma foto com ela (fiquei com vergonha).
Isso pra mim valeu mais que qq bolsa prada, gucci, whatever.
bjs
Keep writing!

Responder
Fernanda 14 de maio de 2013 - 16:33

Oi Ana, comentários são sempre bem-vindos.
Te falar que hostel na Ásia dá de mil a zero em hostel nos EUA. Você vai se surpreender com o nível (e preço) dos hostels na Ásia. Se for para a China, é nível hotel (sério mesmo).

Ah, eu adoro esse desapego que os europeus também. Cansei de ver gente bem mais velha ficando em quarto compartilhado (não porque não tinha dinheiro, mas porque preferia gastar o dinheiro com outras coisas). Triste! Tenho amigos aí na faixa de 30-35 anos que nunca ficaram em um hostel e torcem o nariz toda vez que menciono um (como se fosse algo tenebroso, algo do tipo – é melhor não viajar do que ficar nesses muquifos).

Bom é que a cada novo post, percebo que quem se interessa são pessoas como você e por isso continuo escrevendo.

Responder
wilson 21 de maio de 2013 - 23:51

Ola, minha primeira vez no seu blog, viajei muitas vezes, fiz intercambio na Irlanda e a impressao que tenho é que realmente somos diferentes do resto do povao, as curiosidades, o que vimos e mesmo as fotos são só pra gente nossos amigos nao entendem e muito menos dão a importancia… afinal a vivencia é pra nos enriquecer! e só mesmo!

Responder
Fernanda 22 de maio de 2013 - 11:14

Bem por aí Wilson.

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Rochele 1 de outubro de 2013 - 17:56

Fernanda, parabéns pelo blog.. como você disse, ele é direcionado aos viajantes e amantes de viagens, pois bem, eu sou essa amante de viagens..embora não tenha viajado bastante, viajei agora com seu blog. Você nos faz sentir como se estivéssemos lá, com todas as sensações. Claro, que estar por lá é bem melhor, mas você faz, com suas descrições, algo mágico! Nunca fui a Europa, embora tenha uma lista grande de sonhos, mas acho que me adaptaria muito bem, pois mesmo remando contra a maré, já tento ter um estilo de vida desprendido aqui no Brasil, resultado: meu ciclo de amizade ficou raro e ralo! Só os verdadeiros permaneceram. DETESTO esse negócio de aparências, marcas e muito luxo. Concordo quando você fala da busca pela felicidade e acrescento: como é simples ser feliz! Sou mãe solteira de um menino de 4 anos e antes dele já fazia planos para viajar. Com ele, mudarei a rota, a hospedagem, o bolso, mas o resto ficará que é a vontade de conhecer o mundo..com a intenção de continuar minha transformação e iniciar a do meu filho! Descobri teu post buscando informações sobre Cingapura e parei aqui.. Como estou no trabalho sobra pouco tempo pra ler outras coisas na internet, mas veja você que não quis saber de mais nada e fui lendo,lendo,lendo..rsrsrsrrs. Grande abraço!

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Fernanda 1 de outubro de 2013 - 21:43

Oi Rochele,

fiquei até emocionada com esse comentário (de verdade).

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Jeferson 1 de novembro de 2013 - 21:55

Fernanda, relato emocionante!
Espero encontrar coragem pra quebrar as barreiras mentais que me impedem de sair por ai

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Fernanda 4 de novembro de 2013 - 12:55

Obrigada!

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Carla 6 de janeiro de 2014 - 17:17

Caracas. Parabéns pela coragem. Vc falando, parece que sou eu. Esse tipo de blog me inspira muito. Adorei o texto e penso e criar o meu blog de viagens também. Sucesso!

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Fernanda 7 de janeiro de 2014 - 20:00

Obrigada, Carla!

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Acsa 15 de janeiro de 2014 - 02:12

Ola Fernanda, nesta madrugada pesquisando sobre viagens me deparei com sua linda história. Obrigada pelas palavras compartilhadas.
Tenho 22 anos, por enquanto viajei para Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru e Bolívia. Mas a vontade de continuar é grande, e penso muito em morar na Europa, para aproveitar essa facilidade de viajar por lá.
E quando se viaja assim, mudam mesmo os conceitos, agente percebe quanto a cultura do Brasileiro é superficial, você tem que ser belo, gostosa, estar sempre arrumada. Enfim… Fora daqui, as pessoas viajam meses com a mesma roupa, uma mochila nas costas, e são felizes, como são.
No mochilão Bolivia/Peru, que fiz em 2013, pude conhecer europeus, norte americanos, canadenses, vagando por este mundo, sempre com muitos meses de viagens.
É tão bom ler algo e se identificar! Mais uma vez obrigada.
Estou curiosa quanto a história sua e do Felipe, não sei se já escreveu, mas não encontrei ainda.
Parabéns pelo site. Muito bom mesmo!

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Fernanda 15 de janeiro de 2014 - 09:53 Responder

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