Curitiba é uma cidade incrível. É limpa, organizada, cheia de parques, mas também tem suas características próprias. Vi esse post do pessoal do Explora Sampa sobre o Paulistanês e pensei: pois é, o Curitibanês também pode causar certa estranheza. Então, segue aqui um pequeno guia Curitibanês em 35 palavras.
1) Penal
Não, não é o direito penal. É aquele estojo para lápis. Super útil no momento com a moda dos livros de colorir.
2) Vina
Nunca, jamais, em hipótese alguma pense em pedir o cachorro quente sem vina. Vina é a salsicha.
3) SotaquE
Curitibano sempre vai falar que não tem sotaque e que apenas pronuncia as palavras da maneira correta. Vamos combinar que a pronúncia correta de leite é “lei-te” e não “lei-ti” como vemos em outros estados.
4) AdEvogado
Ainda na linha do item anterior, tem curitibano que realmente tem problemas com o “d” mudo e até mesmo com o “i”, então insere um “e” no meio de palavra advogado. Muito comum escutar um advogado se apresentando como “adEvogado”.
5) Aipim
Não é mandioca, não é macaxeira. É aipim.
6) Mimosa
Não é mexerica, nem tangerina. É mimosa.
7) Guria
São as meninas curitibanas. O termo “garotas” quase não é usado por aqui.
8) Guria do céu
Quando o assunto é bombástico, usa-se: “guria do céu”.
9) Piá
São os meninos curitibanos. Guri é mais usado pelos gaúchos mesmo.
10) Piá de prédio
É o menino sem nenhuma malandragem, daquele estereótipo que só consegue as coisas, porque papai ou mamãe dão um jeito.
11) Panificadora
Ou Pani é o que os paulistas chamam de padaria.
12) Ligeirinho
É o ônibus mais rápido e que só para nas estações tubo.
13) Champagnat
É como os curitibanos chamam o bairro Bigorrilho.
14) Ecoville
É como os curitibanos chamam o bairro Mossunguê. Nota-se que os curitibanos têm uma queda por nomes com sonoridades mais chiques.
15) Baixada
É o estado do Atlético. Tudo bem que depois da Copa, o termo Arena está mais comum, mas a velha guarda ainda tem problemas para desapegar do termo Baixada. Também usa-se Arena da Baixada.
16) Caldeirão
Não é o do Huck. Também é a Baixada, ou Arena ou Arena da Baixada.
17) Furacão
Não é fenômeno climático. É apenas como os curitibanos chamam o melhor time do estado do Paraná: Atlético. Ninguém fala Atlético Paranaense por aqui, por motivos óbvios.
18) Coxa
Não, não é uma parte do seu corpo. É o time Coritiba.
19) Coxa branca
É o torcedor do Coritiba.
20) Bolacha
Porque biscoito só o Globo mesmo e só no Rio de Janeiro.
21) Daí
Daí, ao meu ver, é a principal praga curitibana. Chega a ser irritante ver o daí no fim das frases, porque não há a menor necessidade. “vamos tomar um café, daí?”, “falamos depois, daí”. Sou curitibana, mas deletei o daí do meu vocabulário.
22) Pila
A incrível moeda curitibana. “Me dá dez pila, cinquenta pila”.
23) Posar
Não é para fotos. É como muitos curitibanos ainda se referem ao ato de dormir na casa de alguém. “você posou lá?”
24) Carpê
É o que o resto do Brasil chama de carpete.
25) Quentão
É o que em São Paulo chamam de vinho quente: vinho, gengibre e canela. Pode ser acompanhado por gemada.
26) Sinal
É o que os paulistas chamam de farol e, ao que tudo indica, o resto do Brasil chama de semáforo ou sinaleiro/a.
27) Lombada
Conhecido por muitos como quebra-molas.
28) Palha
Algo ridículo, patético. “Esse negócio é muito palha.”
29) Cozido
Não é o de carne. É como chamamos quem tá bêbado.
30) Oil Man
Achei que uma imagem valeria mais do que mil palavras
31) Tubão
Não é um tubo grande, é uma mistura de vodka barata com coca. Tudo isso naquela garrafa pet de 2 litros.
32) Apurado
A pessoa que está com pressa. É utilizado principalmente para pessoas que estão com muita pressa de ir ao banheiro.
33) Bera
Cerveja
34) Guarda-chuva
É guarda-chuva mesmo, mas item de primeira necessidade em Chuvitiba. Nunca esqueça o seu.
35) Chuvitiba
É como eu carinhosamente chamo Curitiba. Precisa explicar? 🙂
Tenho certeza que alguns dos termos também são utilizados em outras cidades e tenho mais certeza ainda que esqueci muitos outros termos curitibanos. Fique à vontade para contribuir nos comentários.
*gifs retirados do http://giphy.com/
36 comentários
Fernanda, no Brasil só existe uma fonética, a adotada pela Academia Brasileira de Letras que é a do Rio de Janeiro. Sendo assim, só os cariocas falam corretamente. Me desculpe, rs…
Hahahaha. Não fale isso para um curitibano. LeitE é leitE e não leiti. Hahahah
huahauhauha SQN!
Não entendi seu nome? é brasileiro?
Esse sotaque do E no leite é pra quem é do interior curitibano fala com i mesmo sahushuashuahsuas.
Nunca ouvi mimosa aqui tbm não, sempre mexirica.
E o “dai” nunca ouvi no final de frase, é sempre no meio pra continuar a historia HUSHUSAHUS.
E pila tbm não.
Mas de resto acho q falo tudo.
Adoro ser curitibana HUSHAUSHUS
Ultimamente só vi o oil man de roupa, estranho né hahaha
Nunca escutou o daí? Comece a prestar atenção. Todo mundo fala. É uma praga. E leitE escuto todo dia também, com o E bem puxado, embora 99% dos curitibanos neguem que puxam o E. haha. Faz muito tempo que não vejo o oil man, mas com esse frio tá difícil (até para ele) encarar a sunga.
haha! Muito bom! Já convivi com algumas pessoas de Curitiba, mas confesso que tinha muita coisa que eu não fazia ideia do sentido. 🙂
O tal piá de prédio, posar na casa de alguém e o cozido? Clássicos daqui.
KKKK Me ”rachei” aki ,bem dessa falamos deste jeito memo
Né? haha
São girias e dialetos, não exclusivamente curitibanos, mas sim, e isso com certeza do Paraná inteiro, mais ainda do sul e norte do Paraná.
hahahaha bem isso mesmo. LeitE e o “daí” são muito característicos mesmo hahah
Faltou Tesão, mais combinada com: Tesão pia. Rsrsrs
Adoro o pessoal do Tesão piá!
Paranaense em geral é cheio das gírias.
Nasci no interior, e até hoje dizem que eu puxo o ‘R”, mas falo setE, leitE, quentE.
Já ouvi muito pila, as vezes falo também, uso mais o conto, para dinheiro, tipo: Ganhei 50 conto.
Tem a expressão barda, que não sei se é de Curitiba, exemplo: esse piá tem muita barda, se refere à manha ou dengo. Vina é ótima, nunca vi no mercado ninguém falando salsicha, hahaha.Ah e tem umas novas que acho que muitos vão lembrar: Migué, quando alguém está querendo lograr ou enganar alguém. Ex: Você vive dando o migué em mim, nunca vem me visitar e a expressão pestiado, quando alguém está gripado. Tem muitas outras. Jojoca, acho que não deve ser daqui de Curitiba, acho que é do interior, se refere a soluço. o Daí, eu só ouvi no começo de frase. A pessoa fala daí acho que para surgir as ideias ou se está nervoso ou nervosa para falar. Ex: Daí eu fui lá no meu tio, daí ele não estava bem, daí acho que ele não vai passar dessa. Já ouvi muito disso kkkk
Eu uso “migué” até hoje. haha
Esqueceu de colocar aquele polaco daí kk
Engraçado que eu sempre falei “leiti”, aliás, toda palavra termina com “E” sai com “I” na minha boca e também tem a famosa “costaneira” que é aquela ponta do pão que quase ninguém come mas acho que essa é do interior pq. minha mãe nasceu em União da Vitória. <3
Que tal incluir o “né?”. Daí, fica assim: “dai, né?”
haha. É verdade!
Diga a um curitibano que ele ouvirá uma piada e, então, ele irá se preparar psicologicamente pra não rir! Kkkkk
vdd
Sempre falei sinaleiro
Eita, diacho! Kkkk Sou curitibana, e adorei! Mas você poderia citar “djhanho”, que é um dos termos mais falados. (E só por nós)
Cara eu falo bem desse jeito rsrses…. Nasci e m criei aqui… E realmente só nós os curitibanos falamos certo, desde quando carioca fala certo? Kkkkk.
Parabéns adorei td daí….. Kkkkkkkk
Amei.
Nós falamos corretamente sim!! Se está escrito “leite” é leite! Nada de acrescentar o i no final da fala, os cariocas não estão com nada ksksksksk
Tá, é daí piá, tesão mesmo é tomar um leite quente com Nescau ou Toddy, e um cachorro quente com duas vinas, depois pego a minha japona e vou pro tubo esperar o ligeirinho, entrar no busão e ficar na janela vendo os cuzidos nas porrrtas dos butecos e praças bebendo os tubões de pinga com refri !!!!
Fernanda, no Brasil só existe uma fonética, a adotada pela Academia Brasileira de Letras que é a do Rio de Janeiro. Sendo assim, só os Curitibanos falam corretamente. Me desculpe, leite é leite mesmo e não leiti…kkkkk…kk.
Sou curitibana mas moro em São Paulo. Uma vez me perguntaram porque eu falava tanto “né ” no fim das frases…sabe que eu nunca tinha percebido? Comecei a me policiar né? Kkk
Eu falo muito também. Não tem como evitar, né? Haha
Morei por 2 anos em Curitiba, além de todas palavras citadas, as mais engraçada foram , quando esta garoando ou chuva fraca, o Curitibano Diz – Está chuvendinho. E o termo vou comprar uma Erva, ou a Erva é boa. Referindo-se ao Mate verde usado no Chimarrão. E um ultimo termo é o se abanque, querendo dizer, senta.
A palavra ” sabe ” no final da frase também é muito usada… rsrs
entrei em uma crise aqui. eu nao sei se falo leite ou leiti. acho q depende do humor kk se to serio falo leite quase sem o e no final. se to desavergonhado falo leiti. mimosa pra mim é vaca. gosto de mexirica :p
Moro no interior de São Paulo mas já estive várias vezes em Curitiba… Numa dessas vezes, ouvi alguém falar “Socorrô!” com último “o” bem fechado, e não como se fosse um “meio u” como geralmente se fala em outros lugares. Então, não é só o “e” que é pronunciado como “e” mesmo, o “o” também soa como “ô” mesmo…
Aprendi a amar o estado do Paraná ,
Faltou algumas expressões como o foco (lâmpada), jaguara (pessoa sem vergonha, desonesto). Morei em Salvador e agora no sul mineiro e todos falam que acham o meu sotaque bonito. O duro é escutar do meu cunhado mineiro que o sotaque deles é o mais correto hahaha. Ah, nem mexerica ou tangerina…é mimosa!!