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Museu do Holocausto de Curitiba

por Fernanda

Atualizado em 24 de fevereiro de 2020

Já fazia tempo que eu estava planejando uma visita ao Museu do Holocausto de Curitiba. Quem me conhece pessoalmente ou acompanha o blog há mais tempo sabe que esse assunto do holocausto sempre mexeu muito comigo. Apesar de conhecer pouquíssimos judeus, eu sempre me interessei pelo tema.

Museu do Holocausto de Curitiba: o que você precisa saber

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História do Museu

Inaugurado em 2011 e administrado pela Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, esse foi o primeiro museu do Brasil a falar sobre o tema holocausto. Como eu já disse, sempre me interessei muito por esse tema. Como já visitei vários museus dessa temática em outros países do mundo e visitei campos de concentração, admito que minha expectativa em relação ao Museu do Holocausto de Curitiba era alta. Pequeno spoiler: não decepcionou. Em outras palavras: adorei e recomendo!


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Como funciona a visita

A boa notícia é que a visita ao Museu do Holocausto de Curitiba é gratuita. Basta agendar no site o dia e horário da sua visita. Se você está planejando uma visita à capital paranaense, sugiro reservar com uma certa antecedência a sua visita, visto que o museu recebe muitas excursões escolares e a quantidade máxima de visitantes permitida no mesmo horário é pequena.

Em contrapartida, não é permitido gravar vídeos ou tirar fotos na parte interna do museu. O único lugar permitido para fotos é o jardim externo. Admito que não tive vontade de tirar uma foto minha ali. É um daqueles lugares “para não sorrir na foto”. Em uma das paredes há uma frase impactante da Anne Frank: “apesar de tudo, ainda acredito na bondade humana”.

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Frase da Anne Frank

Como é o Museu do Holocausto de Curitiba

No entanto, não é só a frase da Anne Frank que é impactante. Toda a grandiosidade dos 400 m² do prédio onde está o museu e a estruturação e luminosidade das salas mostrando em linha cronológica os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial são capazes de desestruturar qualquer um. Ou seja, não é uma visita leve. É uma visita que faz você refletir (e muito) e torcer para que a humanidade nunca mais cometa as atrocidades que cometeu no passado.

Ao contrário de outros lugares que visitei e retratam o holocausto através de seus perversos números de assassinatos, o Museu do Holocausto de Curitiba tenta trazer a reflexão de outra maneira: contando histórias individuais. Talvez provavelmente, por isso a visita seja tão intensa.

A Comunidade Judaica do Paraná está sem dúvida – de parabéns – por ter conseguido reunir documentos, fotos, objetos e depoimentos de sobreviventes do holocausto. São 56 objetos expostos (malas, roupas, brinquedos de crianças) e aproximadamente 300 fotos e vídeos. 

Museu Interativo

Notei também que houve um empenho em deixar o museu não apenas explicativo, como atrativo e extramente didático. Há muitas partes interativas, desde áudios até televisões e telões com vídeos (incluindo depoimentos para lá de emocionantes de sobreviventes).

Só para ilustrar, achei bem interessante a parte chamada de “Justos”, em que você pega um telefone, aperta o botão e escuta a história dos heróis não judeus que arriscaram as próprias vidas para salvar pessoas do holocausto.

Na lista, nomes eternizados até mesmo no cinema como Oskar Schindler e outros nem tão conhecidos (inclusive brasileiros). Uma história que me chamou a atenção foi a da Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, esposa do famoso escritor Guimarães Rosa. Ela trabalhava na embaixada do Brasil na Alemanha e emitiu diversos vistos e passaportes para judeus durante o período que o governo brasileiro estava restringindo a entrada de judeus no Brasil. Uma verdadeira heroína sem capa.

museu do holocausto de curitiba
Foto divulgação. Fanpage do Museu – https://www.facebook.com/MuseuShoaCuritiba/

Como agendar a sua visita

O agendamento da visita é feito diretamente no site – https://agenda.museudoholocausto.org.br/. Caso ainda não tenha um cadastro no site, clique na parte “não possuo cadastro”. Preencha os campos solicitados até chegar na parte do calendário.

É possível agendar visitas guiadas, mas elas são bem mais concorridas e quase não há disponibilidade. Para fazer a visita por conta própria, selecione “não” na parte de guia.

Vá preparado (a). Como eu já mencionei, essa não é uma visita leve. É provável que você saia de lá bastante impactado (a) por mais que já esteja preparado. Eu saí. Como mostra a foto abaixo: “resistiu quem ajudou a quem precisava mais que a si mesmo”.

museu do holocausto de curitiba
“Resistiu quem ajudou os perseguidos a fugir de país em país”.

Horário de Funcionamento

Fique atento aos dias e horários de funcionamento do Museu do Holocausto de Curitiba (novembro/19). Lembre que você deve chegar ao museu próximo ao horário do seu agendamento.

  • Segunda, terça e quarta: 8h30 às 11h30 e 14h30 às 17h30
  • Sexta: 8h30 às 11h30
  • Domingo: 9h às 12h
  • Quinta e sábado: fechado

Importante: devido ao conteúdo denso do museu, não é permitida a entrada de menores de 12 anos.

Instruções para o dia da sua visita

Na entrada do museu é obrigatório apresentar um documento de identidade. O funcionário verifica se você tem horário agendado e aí libera a sua entrada no museu.

Não é permitido entrar no museu com bolsas e mochilas. Há um guarda-volumes gratuito na entrada. Você pode levar seu celular para dentro do museu, mas fotos e vídeos só são permitidos na área externa do jardim.

Para entrar no museu, é necessário passar por um raio-x. Na entrada que é onde fica a garagem do prédio há uma pequena exposição com fotos de famosos que de alguma maneira ajudaram os judeus.

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Jardim externo Museu do Holocausto de Curitiba

Onde fica o Museu do Holocausto de Curitiba

O museu fica localizado na Rua Cel. Agostinho Macedo, 248, no bairro Bom Retiro (relativamente próximo do Bairro Centro Cívico e de algumas atrações de Curitiba, como o Museu Oscar Niemeyer). É uma rua residencial, há algumas vagas para estacionamento gratuito na própria rua. Por fim, caso não encontre lugar para estacionar na rua, há um estacionamento quase em frente e que cobra R$8,00/hora (novembro/19).

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9 comentários

Lulu Freitas 5 de novembro de 2019 - 13:31

Adorei a dica do Museu do Holocausto. Há uma tendência dos museus tentarem ser interativos para deixar a visita mais envolvente, como você observou. Nãao permitir a entrada de menores de 12 anos é algo diferente… nem mesmo acompanhado dos pais é permitido?

Resposta
Fernanda 5 de novembro de 2019 - 22:25

Não, menores de 12 anos não podem entrar no Museu do Holocausto.

Resposta
Sandra Barone 5 de novembro de 2019 - 14:28

Nossa, eu não sabia que existia um museu deste no Brasil. Quando fui à Alemanha visitei Dahau e gostei muito de aprender mais sobre o assunto e ter visto de perto tudo o que um dia aconteceu por lá… triste! Tb gosto bastante do assunto. Pronto, terei que voltar a Curitiba! rs

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Fernanda 5 de novembro de 2019 - 22:23

Sim, muita gente não sabe da existência do Museu do Holocausto de Curitiba. É ótimo e gratuito. Vale a pena conhecer.

Resposta
Marcela Marques 7 de novembro de 2019 - 05:12

Que interessante o Museu do Holocausto. Não sabia dele. Quando for pra Curitiba não vou deixar fora do meu roteiro, achei que vale muito a pena a visita.

Resposta
Fernanda 7 de novembro de 2019 - 09:30

Vale sim. É muito interessante o Museu do Holocausto.

Resposta
ana paula 7 de novembro de 2019 - 14:45

Um dos museus mais interessantes que já fui e mais triste também. Vale a pena visitar o Museu do Holocausto de Curitiba

Resposta
Michelle 8 de novembro de 2019 - 00:50

Nossa, já fui várias vezes a Curitiba e não sabia que havia um museu do holocausto por lá, Muito bom você divulgar.

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Fernanda 10 de novembro de 2019 - 12:21

Tem sim e é muito bom.

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