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Museu do Holocausto de Curitiba

por Fernanda
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Já fazia tempo que eu estava planejando uma visita ao Museu do Holocausto de Curitiba. Quem me conhece pessoalmente ou acompanha o blog há mais tempo sabe que esse assunto do holocausto sempre mexeu muito comigo. Apesar de conhecer pouquíssimos judeus, eu sempre me interessei pelo tema.

Museu do Holocausto de Curitiba: o que você precisa saber

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História do Museu

Inaugurado em 2011 e administrado pela Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, esse foi o primeiro museu do Brasil a falar sobre o tema holocausto. Como eu já disse, sempre me interessei muito por esse tema. Como já visitei vários museus dessa temática em outros países do mundo e visitei campos de concentração, admito que minha expectativa em relação ao Museu do Holocausto de Curitiba era alta. Pequeno spoiler: não decepcionou. Em outras palavras: adorei e recomendo!


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Como funciona a visita

A boa notícia é que a visita ao Museu do Holocausto de Curitiba é gratuita. Basta agendar no site o dia e horário da sua visita. Se você está planejando uma visita à capital paranaense, sugiro reservar com uma certa antecedência a sua visita, visto que o museu recebe muitas excursões escolares e a quantidade máxima de visitantes permitida no mesmo horário é pequena.

Em contrapartida, não é permitido gravar vídeos ou tirar fotos na parte interna do museu. O único lugar permitido para fotos é o jardim externo. Admito que não tive vontade de tirar uma foto minha ali. É um daqueles lugares “para não sorrir na foto”. Em uma das paredes há uma frase impactante da Anne Frank: “apesar de tudo, ainda acredito na bondade humana”.

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Frase da Anne Frank

Como é o Museu do Holocausto de Curitiba

No entanto, não é só a frase da Anne Frank que é impactante. Toda a grandiosidade dos 400 m² do prédio onde está o museu e a estruturação e luminosidade das salas mostrando em linha cronológica os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial são capazes de desestruturar qualquer um. Ou seja, não é uma visita leve. É uma visita que faz você refletir (e muito) e torcer para que a humanidade nunca mais cometa as atrocidades que cometeu no passado.

Ao contrário de outros lugares que visitei e retratam o holocausto através de seus perversos números de assassinatos, o Museu do Holocausto de Curitiba tenta trazer a reflexão de outra maneira: contando histórias individuais. Talvez provavelmente, por isso a visita seja tão intensa.

A Comunidade Judaica do Paraná está sem dúvida – de parabéns – por ter conseguido reunir documentos, fotos, objetos e depoimentos de sobreviventes do holocausto. São 56 objetos expostos (malas, roupas, brinquedos de crianças) e aproximadamente 300 fotos e vídeos. 

Museu Interativo

Notei também que houve um empenho em deixar o museu não apenas explicativo, como atrativo e extramente didático. Há muitas partes interativas, desde áudios até televisões e telões com vídeos (incluindo depoimentos para lá de emocionantes de sobreviventes).

Só para ilustrar, achei bem interessante a parte chamada de “Justos”, em que você pega um telefone, aperta o botão e escuta a história dos heróis não judeus que arriscaram as próprias vidas para salvar pessoas do holocausto.

Na lista, nomes eternizados até mesmo no cinema como Oskar Schindler e outros nem tão conhecidos (inclusive brasileiros). Uma história que me chamou a atenção foi a da Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, esposa do famoso escritor Guimarães Rosa. Ela trabalhava na embaixada do Brasil na Alemanha e emitiu diversos vistos e passaportes para judeus durante o período que o governo brasileiro estava restringindo a entrada de judeus no Brasil. Uma verdadeira heroína sem capa.

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Foto divulgação. Fanpage do Museu – https://www.facebook.com/MuseuShoaCuritiba/

Como agendar a sua visita

O agendamento da visita é feito diretamente no site – https://agenda.museudoholocausto.org.br/. Caso ainda não tenha um cadastro no site, clique na parte “não possuo cadastro”. Preencha os campos solicitados até chegar na parte do calendário.

É possível agendar visitas guiadas, mas elas são bem mais concorridas e quase não há disponibilidade. Para fazer a visita por conta própria, selecione “não” na parte de guia.

Vá preparado (a). Como eu já mencionei, essa não é uma visita leve. É provável que você saia de lá bastante impactado (a) por mais que já esteja preparado. Eu saí. Como mostra a foto abaixo: “resistiu quem ajudou a quem precisava mais que a si mesmo”.

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“Resistiu quem ajudou os perseguidos a fugir de país em país”.

Horário de Funcionamento

Fique atento aos dias e horários de funcionamento do Museu do Holocausto de Curitiba (novembro/19). Lembre que você deve chegar ao museu próximo ao horário do seu agendamento.

  • Segunda, terça e quarta: 8h30 às 11h30 e 14h30 às 17h30
  • Sexta: 8h30 às 11h30
  • Domingo: 9h às 12h
  • Quinta e sábado: fechado

Importante: devido ao conteúdo denso do museu, não é permitida a entrada de menores de 12 anos.

Instruções para o dia da sua visita

Na entrada do museu é obrigatório apresentar um documento de identidade. O funcionário verifica se você tem horário agendado e aí libera a sua entrada no museu.

Não é permitido entrar no museu com bolsas e mochilas. Há um guarda-volumes gratuito na entrada. Você pode levar seu celular para dentro do museu, mas fotos e vídeos só são permitidos na área externa do jardim.

Para entrar no museu, é necessário passar por um raio-x. Na entrada que é onde fica a garagem do prédio há uma pequena exposição com fotos de famosos que de alguma maneira ajudaram os judeus.

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Jardim externo Museu do Holocausto de Curitiba

Onde fica o Museu do Holocausto de Curitiba

O museu fica localizado na Rua Cel. Agostinho Macedo, 248, no bairro Bom Retiro (relativamente próximo do Bairro Centro Cívico e de algumas atrações de Curitiba, como o Museu Oscar Niemeyer). É uma rua residencial, há algumas vagas para estacionamento gratuito na própria rua. Por fim, caso não encontre lugar para estacionar na rua, há um estacionamento quase em frente e que cobra R$8,00/hora (novembro/19).

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9 comentários

Lulu Freitas 5 de novembro de 2019 - 13:31

Adorei a dica do Museu do Holocausto. Há uma tendência dos museus tentarem ser interativos para deixar a visita mais envolvente, como você observou. Nãao permitir a entrada de menores de 12 anos é algo diferente… nem mesmo acompanhado dos pais é permitido?

Responder
Fernanda 5 de novembro de 2019 - 22:25

Não, menores de 12 anos não podem entrar no Museu do Holocausto.

Responder
Sandra Barone 5 de novembro de 2019 - 14:28

Nossa, eu não sabia que existia um museu deste no Brasil. Quando fui à Alemanha visitei Dahau e gostei muito de aprender mais sobre o assunto e ter visto de perto tudo o que um dia aconteceu por lá… triste! Tb gosto bastante do assunto. Pronto, terei que voltar a Curitiba! rs

Responder
Fernanda 5 de novembro de 2019 - 22:23

Sim, muita gente não sabe da existência do Museu do Holocausto de Curitiba. É ótimo e gratuito. Vale a pena conhecer.

Responder
Marcela Marques 7 de novembro de 2019 - 05:12

Que interessante o Museu do Holocausto. Não sabia dele. Quando for pra Curitiba não vou deixar fora do meu roteiro, achei que vale muito a pena a visita.

Responder
Fernanda 7 de novembro de 2019 - 09:30

Vale sim. É muito interessante o Museu do Holocausto.

Responder
ana paula 7 de novembro de 2019 - 14:45

Um dos museus mais interessantes que já fui e mais triste também. Vale a pena visitar o Museu do Holocausto de Curitiba

Responder
Michelle 8 de novembro de 2019 - 00:50

Nossa, já fui várias vezes a Curitiba e não sabia que havia um museu do holocausto por lá, Muito bom você divulgar.

Responder
Fernanda 10 de novembro de 2019 - 12:21

Tem sim e é muito bom.

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