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O episódio do Lawson no Japão

por Fernanda

O Japão é um país caro. Todo mundo sabe disso e eu e meu amigo Igor também sabíamos disso. Então a gente economizava ao máximo. E o pessoal do hostel me falou que tinha uma loja chamada Lawson que era o equivalente ao nosso R$1,99 e vendia de água a souvenir. Como lá no Japão, até um cartão postal é caro, a gente resolveu visitar essa loja e ver se conseguia comprar alguma coisa para levar de lembrança para familiares.

Bom, me deram um mapa e eu perguntei para o Igor se ele sabia ler mapas, porque quem lê esse blog há algum tempo sabe da minha incapacidade quanto a esse item. Ele disse que sim, então fomos caminhando em busca dessa tal loja Lawson. Só que no meio do caminho, a gente se perdeu.

Como os japoneses são super prestativos e apesar de não falarem inglês, estão sempre dispostos a te ajudar, nós resolvemos pedir informação. Vimos duas mulheres que estavam se preparando para pegar suas bicicletas na frente de um restaurante e perguntamos se elas sabiam onde ficava a tal loja Lawson. Eu já tinha aprendido a falar oi em japonês e logo depois, emendava em inglês uma frase pedindo ajuda. Eu usava a pronúncia americana de Lawson que seria mais ou menos assim – Lál-sôn.

Elas não entenderam nada do que eu perguntei, mas fizeram uma mímica pedindo para a gente esperar. Elas entraram no restaurante e chamaram uma garçonete. Expliquei novamente para a garçonete que estava procurando a loja Lawson e o inglês dela era um pouco melhor. Ela conseguiu falar algo como – “não falo inglês”.

Bom, já tínhamos desistido de qualquer tipo de ajuda, só que a garçonete entrou no restaurante e chamou o dono. O dono também não falava inglês, mas resolveu olhar o mapa. Por sorte, o mapa também estava escrito em japonês e eu apontava e falava – Lawson.

Aí virou uma zona. Todo mundo queria ver o mapa e aí, uma das mulheres das bicicletas teve um clique. Ela soltou um – “Lá-ú-sôn”. Aí eu falei – “isso, isso”. A pronúncia japonesa da palavra americana era completamente diferente da pronúncia certa e ninguém entendia onde queríamos ir, porque para eles aquela palavra não existia.

Ela me explicou como fazia para chegar lá e faltava algo como duas quadras. Nisso, eu percebi que o Igor saiu andando porque simplesmente não conseguia controlar a risada. Eu já estava querendo rir e olhando para ele que estava se matando de rir na minha frente, até hoje não sei como me controlei.

Sobrou para mim a árdua tarefa de agradecer as mulheres (sem rir), mas elas eram tão queridas que resolveram nos acompanhar até a loja, ou pelo menos até parte do caminho, pois era o mesmo caminho delas. Gente, eu queria rir muito e o Igor foi andando na frente (óbvio, porque ele tava rindo e não conseguia parar).

Na hora que entramos na tal loja, a gente se matava de rir. Quase fiz xixi nas calças. Um olhava para o outro e falava “Lá-ú-sôn”. Os japoneses olhavam para a gente e não entendiam nada. Esse episódio virou piada interna e toda vez que a gente se encontra, a gente fala do tal do Lawson.

Ah, não achamos nenhum souvenir, mas compramos água, chocolates, iogurtes e mais um monte de comida pelo equivalente a U$1,50 que era o preço unitário de cada coisa da loja.

Lições que aprendi com esse episódio

1) Por mais que o nome seja americano, a pronúncia no Japão é diferente.

2) Existem coisas baratas no Japão. Nas lojas Lawson você pode encontrar várias delas.

3) Grande parte dos japoneses pode até não falar inglês, mas nota 10 para a prestatividade deles.

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11 comentários

Rafael de Souza Mota, 34 anos, São Paulo 16 de janeiro de 2013 - 08:37

Fernanda, o japão está na minha lista de paises a conhecer quem sabe em 2014, mas já estou preparado para isso deles não falarem inglês. Você tem idéia do custo e do seu roteiro lá ?

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Fernanda 16 de janeiro de 2013 - 10:04

O meu roteiro tem aqui no blog e a parte de custos acho que falei um pouco. Peguei ônibus para sair mais barato, mas mesmo assim foram uns U$120 por dia. É caro mesmo (não adianta).

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Suelen 16 de janeiro de 2013 - 09:35

Japoneses são mesmos fofos, e que graça teria viajar se não fosse os pequenos perrengues, que depois viram piada como esse, né?
Bjus!

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Fernanda 16 de janeiro de 2013 - 10:06

Olha, eu não gostava de japoneses. Tanto é que quando falei que ía para lá, ninguém acreditou. Mas paguei minha língua, porque de fato eles são muito queridos. E até comida japonesa que eu não gosto, eu comi lá (os pratos quentes). É um país que todo mundo deveria conhecer, pena que é longe e caro.

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ivan 16 de janeiro de 2013 - 11:21

nossa, pense um pouco nessa frase que vc escreveu aí: “eu nem gostava de japoneses”. Se não entendeu, tente trocar “japoneses” por “negros”, por exemplo, para ver se cai a ficha. Pelo jeito sua viagem nao ajudou muito a ampliar os seus horizontes, que pena.

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Fernanda 16 de janeiro de 2013 - 11:45

Não sou burra Ivan. E óbvio que minha viagem ajudou a ampliar meus horizontes, pois se eu estou assumindo que tinha um preconceito errado sobre a cultura do país e me surpreendi com o país e as pessoas DEPOIS que visitei é porque aprendi que não devemos julgar ninguém. Por favor, não tente criar tumulto, OK? Eu amei o país, não tenho nada contra ninguém, o que eu tinha era um julgamento errôneo da cultura, pois o que se vê aqui não é bem o que se vê lá.

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ivan 16 de janeiro de 2013 - 12:01

ok. gostei da resposta.

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Chris 17 de janeiro de 2013 - 11:24

Eles são prestativos mesmo, também passei por essa situação de pessoas quererem nos acompanhar até o local, para não nos perdemos.

Agora imagina o tempo que levei para entender, no McDonald’s de lá, que FURENSHI FURAI era batata frita ( french fries).

hahaha

bjo! Adoro o blog, me inspira muitooo!

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Fernanda 17 de janeiro de 2013 - 11:32

No primeiro dia, eu até entrei no Mc Donald’s, mas não entendi NADA do que estava escrito no cardápio e saí da loja. Encontrei uma barraca na rua que vendia um peixinho tipo crepe e waffle e comprei achando que era salgado. Era cream cheese com maçã, mas era ótimo. rs
Depois, aprendi que o esquema era ver nas vitrines dos restaurantes, fazer a conversão dos preços e ver se era pagável e apontar para o prato. rs
Mas, fiquei realmente impressionada com a prestatividade deles. Mesmo em Tóquio, eles eram super prestativos. Única capital do mundo que vi algo parecido.
bjs

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Mary 20 de fevereiro de 2013 - 13:50

Oi…as lojas nao se chama lawson e sim daiso.nao e furenshi furai e sim furaido poteto,batata frita

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Fernanda 21 de fevereiro de 2013 - 19:55

Estava escrito lawson no letreiro e no mapa. Não sei se entendi errado a pronúncia. Não falo japonês.

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