Viajar ou juntar dinheiro? Já faz algum tempo que essa pergunta anda rondando meus pensamentos. Desde que eu escrevi o texto “É preciso amar as pessoas como se elas fossem viagens“, muita gente se manifestou, mas uma história me fez pensar nisso – vale a pena viver em função do dinheiro?
Espero que a Letícia não se importe, mas acho que a história dela merece ser compartilhada. E, semanas depois “de ter conhecido” a Letícia, conheci a Sharon, uma americana de 28 anos.
Pessoas diferentes, histórias diferentes, mas no fundo a mesmíssima reflexão. Até que ponto vale a pena viver no piloto automático e deixar para amanhã o que podemos fazer hoje? Faz algum tempo que eu tenho uma certeza na vida – a única coisa que realmente importa é saúde, pois sem ela não adianta ser milionário. De uma forma ou de outra, sua vida estará comprometida.
Acompanhei de perto várias doenças da minha família. Vi avós, tias e meu pai morrerem cedo e lutarem durante anos contra doenças que infelizmente ainda não têm cura. E cheguei à conclusão que nunca serei rica, mas vou aproveitar enquanto tenho saúde para viajar o máximo possível.
E aí entra a história da Sharon. Ela poderia ser eu ou você. Conheci ela em Maui e fiquei extremamente curiosa para saber porque ela era careca. Seria câncer ou ela era adepta do Hare Krishna? Não cheguei a perguntar, mas também não demorou muito para ela me contar a sua história.
Fizemos a caminhada do vulcão Haleakala no Hawaii juntas e ela me contou que tem 28 anos e está lutando contra um câncer de mama há quase 2 anos. Ela fez dupla mastectomia (cirurgia de remoção completa da mama) e ficou careca. Como ela mesmo disse, ela não sabe se o câncer vai voltar. Ela não sabe se amanhã estará viva, então resolveu colocar uma mochila nas costas e conhecer o mundo (bom, no caso ela está conhecendo os Estados Unidos porque ainda está em tratamento).
E tem também a Letícia, que assim como eu (e acredito que você) ama viajar. Bom, para resumir: a Letícia sofreu um grave acidente a caminho do aeroporto. “Infelizmente, em novembro de 2011, terminando de fazer a minha 7a viagem internacional daquele ano, fui vítima de um grave acidente enquanto ia para o aeroporto retornar ao Brasil. Desde então, estou em processo de recuperação (principalmente do movimento da perna direita, que se esfacelou no acidente…) Portanto, sofrendo há 1 ano e 4 meses de uma grave síndrome de abstinencia…..rsrs… Mas tá acabando e a comemoração vai ser viajando… óbvio!!!!”
A história dela me tocou, porque novamente, podia ser eu ou você. Troquei umas mensagens com ela e decidi escrever esse texto, porque achei que poderia ser de alguma forma motivador para quem está sempre procurando uma desculpa para deixar para amanhã o que pode fazer hoje. E isso serve para tudo nas nossas vidas e não só para as viagens. Infelizmente, só temos o dia de hoje para ser feliz e não vale a pena ter tanta esperança que o dia de amanhã será melhor, pois talvez ele nunca chegue.
Mais algumas palavras da Letícia:
“Aliás, se antes já vivia para viajar, após o acidente, essa vontade foi potencializada. Vi a morte muito de perto e quão efêmera é a nossa vida. De nada adianta viver por viver se não fazemos aquilo que amamos. A vida passa despercebida e nós também…
Tal qual você, decidi tirar 1 ano sabático, dar minha volta ao mundo e fazer um blog contando minhas experiências…. quem sabe algo voltado para pessoas com necessidades especiais….
Estou no aguardo de melhores condições físicas para poder voltar à ativa. Não vai ser como antes, mas vai ser do jeito que dá… ah, isso vai!!!”
Então, para finalizar: decidi viajar. Acho que nunca serei rica, nunca terei um carro importado, nunca terei a bolsa da moda ou um closet cheio de sapatos, mas terei as minhas lembranças, porque isso ninguém conseguirá me tirar (talvez um alzheimer). Novamente, saúde é tudo que importa nessa vida). Para o resto, sempre dá-se um jeito.
84 comentários
Oi, Fê!
Acho que não preciso dizer que adoro o blog e desde que ele surgiu me deu uma vontade de tirar, não 1, mas pelo menos 2 anos sabáticos. Apesar disso, acho que nunca vou conseguir.
O vicio e amor as viagens surgiram há menos de 1 ano, com minha primeira viagem internacional, minha primeira viagem de avião. Mas só tem crescido, queria conhecer o mundo inteiro.
E vivo me remoendo com essa questão do post. Como os meus pais são de origem humilde e além de não poder contar com eles ($$$) tenho que pensar que terei que ajudá-los em algum momento.
Por esse motivo, estou sempre pensando em juntar dinheiro pra ter o necessário, que pra mim é apenas um apto, nem carro eu acho extremamente necessário. E viver, no meu caso quer dizer viajar e conhecer a minha cidade também porque eu adoro a minha cidade, RJ. E acho que tem muitos locais bacanas pra conhecer.
Mas depois de conseguir esse meu minimo, acho que todo o meu dinheiro será pra me encher de muitas lembranças!
Eu também penso nisso e óbvio que também espero esse mínimo (um apartamento), mas parei com a obsessão de ter que comprar esse apartamento amanhã. Até porque continuo solteira e encarar hoje uma vida sozinha, vai me privar demais da coisa que mais gosto de fazer que é viajar. E aí, moraria sozinha, mas seria infeliz. Meio que não fecha, sabe como?
Sim, sim!
Tô tendo sair da neuro de economizar cada centavo pro apto.
Tô tentando equilibrar tudo. Fora que quando eu acho que é pra acontecer o universo conspira a favor.
E como o RJ, anda extremamente caro, esse plano de apto ficou pra depois das olimpíadas mesmo eu não acreditando muito que as coisas voltem ao normal ($$$). E eu sei que nesse meio tempo muita coisa pode acontecer.
Como, por exemplo, uma ideia que começou a surgir esses dias: um intercambio.
Acho que a palavra chave é realizar sonhos (ou seja, muitas viagens) com equilíbrio.
Beijos
Concordo que se programar para comprar uma casa ou apartamento no tempo certo, é interessante, mais até à título de logística (guardar alguns pertences pessoais e, enfim, ter um endereço).
Mas se fosse dar um conselho hoje para alguém, seria investir no estudo do inglês, que é fundamental nos dias de hoje. Uma terceira ou quarta línguas também seriam bem-vindas.
Não falar inglês é um entrave que incomoda muito, e depois de ter algumas experiências em escolas que, no fim, você só gasta dinheiro e não aprende muito, eu recomendaria o método Kumon, que é o único que, a meu ver, dá uma base sólida desse conhecimento, incluindo interpretação dos textos (importantíssimo), e tem um custo relativamente pequeno em comparação com os demais. Depois do curso, é só praticar conversação por um tempo com algum nativo, de preferência, prá completar o domínio do idioma.
Você falando inglês e uma terceira língua fluentemente, por exemplo, poderia arrumar emprego em qualquer lugar – é bem mais importante do que um MBA, na minha opinião.
Junior, concordo demais com essa história do inglês. Eu fiz um cursinho durante 10 anos no Brasil e não serviu para nada. Caso eu tenha filhos algum dia (e caso a União Européia ainda exista até lá), eu vou insistir para que meu filho faça faculdade no Reino Unudo. Pode ir 1 ou 2 anos antes para pegar a fluência, mas acho extremamente necessário. Sem contar que ajuda demais nas viagens. Minha volta ao mundo nem teria acontecido se eu não falasse inglês.
Eu estudo em uma dessas escolas e pretendo viajar, mas concordo que mesmo estudando muito não acho que vá ficar fluente nessa escola, como você fez? Vc aprendeu nas suas viagens? Tem algum conselho pra mim?
Eu fui estudar inglês nos EUA por 3 meses. Também não adiantou, mas é porque fiz um curso bem meia-boca. Meu inglês melhorou consideravelmente quando fui morar em Londres, aí comecei a trabalhar e comecei a pegar o inglês no dia a dia.
Eu recomendo um intercâmbio de estudos ou trabalho. Se você for fazer de estudos, evite países que tem muitos brasileiros. Trabalhava com intercâmbio na Austrália e vou te dizer que tinha muito aluno que chegava lá e saía como entrou – sem falar nada.
Assista filmes e pratique inglês nas viagens. É a melhor maneira ao meu ver.
Concordo, Fernanda, a pior coisa que você pode fazer, é cursar um curso de línguas no exterior na companhia de… brasileiros, que muitas vezes não aprendem e ainda sabotam quem quer aprender.
Penso que é bom você estudar ao menos o básico no Brasil, prá ter uma boa noção da língua (não quis fazer propaganda do curso que indiquei, mas realmente foi o melhor que encontrei – sabem aquele filme Karatekid, quando o Sr. Mioshi manda ele pintar as grades, encerar os carros, etc.? O método é por aí, e prá quem se esforça, realmente funciona). Assim, você aproveitará melhor um intercâmbio.
sim, tem que saber no mínimo o básico.
Complementando, se um dia eu tiver filhos também, pretendo fazer o mesmo, e quem sabe até que ele cresça fluente nos dois idiomas, aprendendo naturalmente.
Mais um adendo (rs…): no youtube, tem alguns cursos bons de inglês. Recomendo o cursu MUZZY, da BBC de Londres (que é intuitivo, e além de inglês, descobrí agora que tem uma versão para ensinar francês, com o mesmo desenho – realmente excelente, muito usado por estrangeiros), e os vídeos Inglês Fácil e Grátis por Elizabeth Wagner e Julia, que são duas professoras catarinenses excelentes também. Pesquisem no youtube, vale a pena.
Como vcs comentaram sobre cursos, tem um site chamado Livemocha que é excelente para aprender vários idiomas.
Fernanda, parabéns pelo seu blog acompanho sempre. Já estou meio perdida de tantos feeds de viagem rsrs.
À propósito, não creio que os preços dos imóveis subam muito mais – aliás, alguns preveem até que uma bolha imobiliária venha a acontecer, como aconteceu nos States, tendo em vista a farra dos últimos anos (ver site bolhaimobiliária, e o vídeo “espanistan legendado português” no youtube, que fala da Espanha, mas que poderá se repetir aquí).
Fernanda,
Foi um prazer ter servido de inspiração para o seu post…
A comemoração da minha recuperação estah cada vez mais perto… vou te chamar!!! rsrs
Viajante profissional nao nega viagem…
Bjs
Eu não nego viagem mesmo. haha. Me chame!
Ai Q lindo!!! Super concordo!!!!
Viajei pela 1ª vez para o exterior em maio de passado. Em 1 ano, fui para 8 países e fiz 4 viagens… O pior é que sinto que muita falta, mesmo tendo acabado de voltar de viagem…
Poderia viajar com vcs, Fernanda e Letícia, um dia?
uau! 8 países em 1 ano?
Fernanda,
AMEI o post, concordo plenamente com TUDO! Se existe algo mais interessante do que viajar, eu realmente não fui apresentada!
Conheci o seu blog através da Letícia que te inspirou neste post e, com certeza, me tornarei leitora assídua!
Meu passaporte não é tão carimbado quanto o de vcs duas, mas o que não me falta é vontade e planejamento!
Um grande beijo!
Priscila, pois então…se existe, eu também não fui apresentada. beijos
Chorei.
A identificação provoca essas reações nas pessoas.
Só queria dizer isso e… …obrigado!
Jr.
Own…
Você está sumido. Vou te chamar para o próximo Curitiblogando. Vamos?
Me avise que eu vou!
Estou meio sumido mesmo… preciso me disciplinar para blogar. Pra variar, só tá no blog aquilo que consegui escrever durante a viagem.
Mas eu tenho esperança! Um dia eu consigo… rsrs
Abraço!
Jr.
Eu sempre digo que quero morrer milionária sem um real no bolso. A verdadeira riqueza esta nas experiências que a gente vive. Minha mãe tem um ditado que diz “Pra morrer basta estar vivo”. Assim que nunca sabemos o que vai acontecer no dia de amanhã. E com relação ao ap, eu me lembro que quando comprei meu apartamento no Brasil, há três anos atrás, a primeira pergunta que eu fiz a mim mesma foi: Esse dinheiro vai me privar de viajar? Como a resposta foi não, decidi comprar. Se a resposta fosse sim, preferia não ter nada e continuar levando a vida que eu levo! Beijo pra você, mais uma vez um belo post Fer!
Foi exatamente a pergunta que eu me fiz para não comprar um carro logo que voltei e agora fiz para não comprar um apê, porque a resposta é sim. E, hoje viajar é o que me deixa mais feliz. A “felicidade” de morar sozinha e ter minha independência, não compensaria a infelicidade de não poder viajar.
O mesquinho fica guardando para um momento de crise que nunca chega e não consegue usufruir do prazer de ter
Parabéns pelo texto, Fernanda!
Sinto exatamente o mesmo! Claro que todo mundo gosta de uma vida confortável, coisas legais… mas nada disso chega perto do prazer das experiências que vivemos!! E graças a Deus, desbravar o mundo nem precisa de taaaanto dinheiro!!
Escolhas são muito pessoais. Meus amigos julgam que sou muito rica por estar sempre viajando! Ricos são eles, que pagam fortunas em apartamentos, carros, a TV mais bacanuda ou roupas de marca… e o mais bacana a se fazer, viagens, fica em segundo plano. Aí vem filho e tudo piora! Não acho que estou certa ou eles estejam… cada um escolhe seu caminho!
As vezes, bate a crise de que com essa idade não possuir nada! Mas ainda tenho tempo! Acho que foi-se o tempo que se trabalhava horrores pra depois desfrutar a vida. Hoje em dia, nós queremos é aproveitar muito ainda jovens! Adorei o texto!! 🙂
É Debora, você tocou em outro ponto interessante – vem filho e aí tudo piora. Tenho amigos que têm filhos e se já viajavam pouco, agora com as crianças não viajam mesmo. Tem que ser de fato rico para conseguir ter 1, 2 filhos, pagar escola, comida, etc. e ainda ter dinheiro para viajar. Cada um com as suas prioridades. Essa nunca foi a minha e nem sei se um dia mudarei de ideia.
Eu não acho que eu não possuo nada. Tudo que já vivi viajando ninguém vai me tirar. Todas as experiências, todas as pessoas que conheci. É óbvio que eu já não queria mais estar morando com a minha mãe e não me sinto uma pessoa livre, mas pelo menos ainda posso me dar ao luxo de viajar. A hora que eu tiver que comprar um apê ou pagar aluguel, adeus ao maior prazer da minha vida.
Ah, sim!! Quando digo de possuir nada, eu digo bens materiais… Eu não me arrependo nem um pouco de ter gasto (e ainda gastar!) meu dinheiro com viagens! É como você disse, as esperiências e pessoas no caminho foram incríveis!
Morar com os pais é mesmo complicado! Ainda mais depois de morar fora sozinha… Eu acho que sofreria um pouco no começo! Mas também comprar apartamento tá impossível!! Você precisa vender os orgãos, a alma e a dignidade e ainda vai precisar financiar o resto! Acredito que Curitiba seja como São Paulo, preços absurdos!! Mas uma hora vai!! 🙂
Enquanto não rola, você vai viajando mesmo que é maravilhoso!!
Ah, fiz o post sobre Dubai no blog e o tal do Desert Safari! Citei você por lá e coloquei um link aqui do blog e do seu post! Espero que não tenha problemas! Se for ruim, me fala que eu tiro!
beijo
Na real, já morei 3 vezes fora do Brasil e é sempre muito difícil voltar a morar com os pais. Mas é o preço que se paga para viajar mais. Tudo tem um lado positivo e outro negativo.
Essa discussão me lembrou esse texto:
http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2010/10/30/como-a-classe-media-alta-brasileira-e-escrava-do-alto-padrao-dos-superfluos/
Esse texto tá nos meus favoritos faz tempo. Inclusive não poderia concordar mais com essa parte – “Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão).
É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha.”
Oi Wille!!
Acho esse texto realmente incrível!! Já tinha visto também e sempre recomendo pra quem mora fora!! É bem isso mesmo…!!
Debora, qual o seu blog?
Posso dar uma olhada?
O blog dela é o http://yourpassportplease.wordpress.com e Debora, não tem problema o link não. Aliás, obrigada pela citação.
Obrigado, Fernanda.
Oi Junior!! Só vi seu comentário agora… o blog é esse que a Fernanda passou!! Tem planos de ir pra Dubai?
Não precisa agradecer não, Fernanda!!! Adorei saber que não fui a única que passei mal naquele passeio, hehe!
Nossa, eu passei muito mal. Valeu a pena, mas…
Obrigado, Débora. Sim, penso em ir prá Dubai futuramente, acho muito interessante aquelas obras gigantescas e fora do normal que eles constroem, com aquelas piscinas suspensas lá em cima (deve dar até tontura… rsrs…), ou aquelas ilhas artificiais. Deve ser muito interessante ver ao vivo! Talvez assistir a um GP de fórmula 1 lá seja uma boa opção, mas não sei quanto custaria isso. Num pacote, quem sabe…
Essa também sempre foi a minha filosofia. Eu brinco que já viajei um apartamento, um carro e tudo que eu deveria ter mas não tenho. Não me importo, e tb sempre digo que o que tenho só o alzheimer ou alguma outra demência tira de mim, já bens materiais podem se perder/roubar/acabar por vários outros fatores. Mas pela primeira vez na vida vou dar um tempo nas viagens para juntar dinheiro. Esse tempo será meu sabático ao avesso. É porque eu preciso do básico, um apartamento, para plantar pelo menos um dedo do pé no chão. Mas isso de viver para ter jamais será um estilo de vida para mim. Vi o pai de um amigo juntar dinheiro a vida toda para se aposentar cedo. Ele não fazia nada, queria aproveitar na aposentadoria. E teve um infarto uma semana antes de aposentar, e morreu. Acho que o brasileiro tem muito essa filosofia de juntar para aproveitar na velhice. Eu acho que a vida é uma só e esperar metade dela para começar a aproveitar é loucura. Mas isso é de cada um!
Liliana,
meu próprio pai também não aproveitou muito o que ganhou, não só pelo trabalho, mas também pela doença (teve que se aposentar por invalidez bem novo, depois ficou quase cego). Como eu disse, no fundo só a saúde importa na vida.
Ola Fernanda!!
Adorei o blog!! Adorei o Post!! Bom conhecer pessoas que pensam assim, juntar dinheiro? Só se for para viajar…
Parabéns pelo trabalho, nos atualize sempre!
Mega beijo!
Cada um com suas prioridades, não é mesmo? Hoje viajar é o que me faz mais feliz. Mas, também não sei o que me fará feliz amanhã.
Que belo post, Fernanda. Parabéns!
E é isso. Vamo que vamo que a gente nunca sabe o dia de amanhã, né?
Exatamente!
To contigo Fer!!! Quero viajar o máximo que posso enquanto tenho saúde, disposição, curiosidade, energia,… aproveitar a vida e não deixa-la passar em branco, no final as lembranças das viagens serão muito mais marcantes do que as lembranças de compras no shopping… né?
abs
Jr Caimi
Viajar é mesmo a melhor coisa do mundo!!! eu amooo e quero conhecer todo o mundo mesmo… meu namorado está estudando pra ser diplomata e sempre falamos dos paises q podemos conhecer, rsrsrs… Qto a juntar dinheiro eu penso um pouco diferente. Acho q vc tem q juntar o mínimo pra não depender dos outros na velhice. Conheço pessoas q gastaram tdo q tinham e depois de velhos tinham que quase viver à custa dos outros, aí é osso… Mas acho q com um mínimo de planejamento dá pra fazer as 2 coisas… quem sabe até ganhar dinheiro viajando 😀
Ah sim Sofia. Não to incentivando ninguém a não juntar nada (eu mesma faço uma previdência privada desde o meu primeiro estágio) e me preocupo muito com isso, porque sou solteira e ao que tudo indica não mudarei esse status, tampouco terei filhos…resumindo, preciso juntar um dinheiro para o asilo. haha
Nossa , tão eu esse texto..Me emocionei.Trabalho na área da enfermagem e sei bem o que vc está falando. Amo viajar, é algo que me dá tanto prazer…é meu momento, onde me desligo dos problemas e consigo sentir o real prazer de viver…meu filho é especial, e um grande companheiro de viagens…Para o ano que vá estamos planejando nossas férias…Parabéns pelo texto, tocante, profundo.
Obrigada Roberta!
Muito legal seu texto Fernanda. Ultimamente tenho pensado dessa forma. Vou vender meu carro caro, que só me dá despesa, e buscar um mais barato. Meu apartamento estou pagando, mas vou sossegar nele.
E sobre as viagens, estou tentando retomar a rotina de viagens. Já fiz várias de moto (5 países da América do Sul) e recomendo. Que seja de carro. De avião só se for sair da América do Sul.
Viajar é um grande aprendizado de vida. Principalmente se for sozinho, a necessidade de se comunicar é uma enorme lição de vida, cultura, língua, sentimentos, tolerância…
Boa viagem!!!
Eu vendi meu carro para viajar. Não comprei e nem pretendo comprar outro.
Oi Fernanda! Gostei muito do seu post e também acredito muito em investir em viagens. Digo investir porque é algo que ninguém te tira e que tem muito retorno! Gosto também da ideia de pensarmos em demandar tempo e dinheiro no que a gente gosta antes que alguma coisa aconteça e não só depois de um susto como muitas vezes acontece. Claro que “antes tarde do que mais tarde”… Como digo sempre precisamos aprender com os erros, mas de preferência dos outros… Algo que tenho uma opinião diferente do que li nos comentários é com relação a filhos. Em toda a minha vida sempre tive dois grandes sonhos, ser Pai e viajar. Consegui com muito esforço juntar os dois, tenho duas filhas, 6 e 10 anos e invisto grande parte do meu dinheiro em viagem com elas e com minha esposa. A de 6 anos já conhece grande parte do Brasil e já foi a 14 países, a mais velha a mais de 20, em todos os continentes menos África (até agora). O número em si importa muito pouco, mas o tempo que eu e minha esposa temos com elas experimentando novas culturas, comidas, sensações, pessoas é impagável. Se não tivesse como viajar para outros países com elas exploraria todo o Brasil, se não desse, exploraria meu estado, assim como meu Pai fez comigo e com meus irmãos por muitos anos. Como não tínhamos grana sempre acampamos pelos estados do sul, era a forma do meu Pai ensinar que não existe certo e errado, apenas diferente! Esta lição é o que quero deixar para minhas filhas e espero continuar investindo muito nisso! Hoje poderia estar num apartamento melhor ou com um carro mais bonito, optei por ter milhares de fotos e vídeos com minha família, o que me deixa muito feliz. Boas viagens a você!
Emir, não tenho nada contra quem viaja com filhos, acho até bastante válido se o casal tem dinheiro para isso.
Mas, pela realidade de amigos próximos, vi que eles tiveram que cortar muitas coisas depois que os filhos nasceram (inclusive viagens).
Nunca tive grandes sonhos de ser mãe, acho que naturalmente nem vai dar tempo (mesmo que eu quisesse), porque não tenho perspectiva nenhuma de casar em breve e ter um filho sozinha nos dias de hoje, seria loucura.
Mas, quem sabe daqui 10 anos eu mude de ideia…aí adotarei uma criança e tenho certeza que se eu tiver condições financeiras, ela viajará muito também.
E como faz pra viajar sem ter dinheiro?
Conheci um brasileiro no Peru que pegou carona do Brasil até o Peru e lá ficava nos hostels e trabalhava para os hostels arrumando o quarto. Acredite, é possível viajar até sem dinheiro. Vai do estilo de cada um.
Sim, o caminho de Santiago na Espanha é um exemplo. Eu não fui, mas pelo que ví, você leva uma mochila e conhece aquela região andando e conhecendo os pontos históricos e a natureza local (ou de bicicleta), deve ser uma experiência muito interessante, e não deve ser muito caro (apesar da comida e das acomodações prá dormir).
Para quem está disposto a enfrentar qualquer tipo de perrengue, é possível sim viajar de graça. Esses dias mesmo li a matéria d eum gringo que viajou por 30 países pegando carona na estrada.
Toda vez que viajo fico nessa dúvida mas passa logo… é pq tudo me parece instável…e justamente por isso eu viajo, pq se eu perder o emprego, ficar doente, seilá, eu fui! Eu fiz e as recordações e fotos são eternas… fico pensando no legado que deixo pra minha futura família, de que eu era uma pessoa aberta à novas culturas, opiniões diferentes… dinheiro a gente consegue depois, emprego se arruma, vendo bijouteria na rua de noite, kkkkkkkk, mas se eu perder minha saúde… eu tive depressão severa por um ano e meio e fiquei muito, mas muito mal… não viajei nessa época… hj estou bem, tranquila e estável e vejo como é horrível não ter saúde pra fazer o que a gente gosta de verdade… to partindo em breve pra minha primeira viagem pós-dodói e estou super animada… viajar sempre!
Eu já tive depressão também (bem forte). Achei que nunca teria coragem para fazer minha volta ao mundo, mas fiz.
Fernanda, adorei seu texto. Vejo neste texto o meu pensamento transcrito. Sempre adorei viajar e é minha maior paixão. To um pouquinho distante dos mais de 4o paises q visitou… mas to caminhando pra isso… completei 20 este ano… 😀 Oq me orgulho mto mas nao minha conta bancária. Nao deixarei este mundo sem ter feito minha volta ao mundo! 😀
E eu náo deixarei esse mundo sem fazer pelo menos mais uma volta ao mundo.
Achei legal o texto, bem inspirador… Tudo bem você não pensar em comprar carro ou casa agora, faz parte. Mas você já pensou até quando quer trabalhar? Por que sem juntar dinheiro, vai ter que trabalhar pra sempre já que a aposentadoria do INSS não dá pra nada… Ou então vai depender dos filhos que você terá, você acha justo fazer isso com eles??
Não estou dizendo pra você não viajar, mas é bom pensar no futuro de vez em quando…
Beijos!!
Estou pagando minha previdência privada desde os 18 anos. Respondendo sua pergunta – quero parar de trabalhar o quanto antes e nunca disse que não junto dinheiro. Fui criada desde sempre para gastar menos do que ganho. O que quis dizer é que não gasto o que ganho em coisas que a sociedade acha que eu preciso ter.
E não, não pretendo ter filhos. Não se preocupe, não deixarei fardo nenhum para ninguém e caso eu decida ter, eles não terão que se preocupar comigo.
No futuro eu penso, só não faço dele meu lema de vida, pois como expliquei, vi parentes morrerem sem nem poderem ter aproveitado a vida, assim como já vi amigos morrerem em acidentes de trânsito com 26, 27 anos.
Nossa Fernanda! realmente o post é incrível. As histórias são incríveis e servem pra dar aquela sacudida nos ombros do comodismo, da insatisfação sem motivo… fiquei ainda mais empolgada (se é que é possível!) para continuar levando minha vida do meu jeito -> viajando! é assim que sou feliz, é assim que gosto de estar, no mundo! Obrigada por compartilhar essa reflexão. Obrigada ao Leo do Melhores Destinos por indicar esse post.
Um beijão
Na verdade Camilla, depois que eu parei de me preocupar com o que a sociedade acha que eu devo ter, eu sou muito mais feliz. Cada um sabe onde aperta o seu sapato e o que te faz feliz. No momento, me endividar no financiamento de um apartamento ou comprar um novo carro não me fará feliz, porque irá me privar da coisa que eu mais gosto de fazer na vida – viajar. Quando eu for velha e não aguentar o pique das viagens que eu faço hoje, terei tempo de sobra para ficar no asilo lembrando de tudo que vivi.
Textos como esse fazem a gente refletir muito na vida, afinal, dinheiro não é tudo. Só quem viaja sabe o quanto a pessoa enriquece espiritualmente e não financeiramente.
Como diz uma amiga, eu vou morrer pobre, mas muito rica com as lembranças das viagens.
Oi Fernanda,
Acabei de conhecer o seu blog. FANTÁSTICO!!! Vou te acompanhar sempre, preciso de tempo para ler o blog inteiro … Eu moro em Londrina/PR e tb sou um apaixonado por viagem e fotografia, mas sou um iniciante, estive em 17 países nestes ultimos 5 anos. Mas ultimamente tenho ficado “bitolado” em viagens, olho o Melhoresdestinos todos os dias. Consigo passagens aéreas mais baratas do que a minha colega que trabalha em agencia de viagens, ela fica P da vida comigo kkkkkkk
Pra esse ano eu tenho 4 grandes viagens veja:
1) Turquia/Chipre/Italia – acabei de fazer em abril;
2) Irlanda, Irlanda do Norte e Escócia;
3) EUA (Las Vegas, Grand Canyon, Entelope Canyon, Monumment Valley…
4) Cuba, Havana e Jardines de la Reina para mergulhar com tubarões.
O problema de tudo é que não tenho inglês fluente, mas me viro legal, as vezes não entendo nada kkkk mas me viro, nunca tive grandes problemas, e tb me viro bastante bem com frances.
Vários amigos meus ja me perguntaram quando que eu vou fazer meu blog, por enquanto não tenho blog, só coloco as fotos no facebook mesmo e tenho um flickr (www.flickr.com/photos/dumarafon) mas anda meio desatualizado, rs, meus amigos adoram minhas fotos …
Bom é isso, passei aqui pra dizer que fiquei encantado com as suas viagens e o seu blog em geral. Tenho vontade de fazer uma volta ao mundo como vc fez, vou começar a pensar melhor sobre isto …
Abraço
Eduardo
Sou louca para conhecer o Chipre. Até estive lá, mas não saí do aeroporto. Irlanda do Norte eu não fui ainda. Escócia – só amor por essa terra (fria), mas linda.
Ah, mas pelo visto você está se virando super bem mesmo sem inglês fluente.
Cuba é demais também. Boas viagens!
Éh! Me viro … mas uma vez em um hostel em Praga, eu não consegui manter um diálogo com 2 escoceses, eu só entendi que eles eram de Escócia, o resto … muito menos a conversa entre eles, não entendia nada, só uns “fuck” kkkkkk
Até com estas situações da língua eu me divirto, rs. Viajar é isso, mesmo quando as coisas dão erradas, eu tento aproveitar o lado bom da situação, sempre tem um lado bom, construtivo …
Bjo
Não é fácil entender inglês de escocês. Eu que falo super bem tenho dificuldade às vezes.
Eu acho que a gente tem que ir em busca do que nos faz feliz. Pra alguns é viajar, tem outros amam o que fazem (fazem inclusive ajudando outras pessoas sem ganhar nada em troca), outros amam consumir arte e cultura, outros vivem para fazer uma família feliz… e assim por diante.
Eu adoro viajar, pode experimentar, ter minhas próprias experiências não tem preço… mas sou do tipo que tento equilibrar. Logo logo quero ter um filho e sei que ficará um pouco mais difícil fazer um mochilão (talvez por dinheiro ou talvez pela falta de conforto)…
O que conta são as prioridades, né verdade?
O mais importante é irmos em busca da felicidade mas sem deixarmos o que realmente vale a pena para tras (como família, amigos…).
Fernanda, adorei o texto. Continue assim!
Beijos
PS: Em breve conhecerei as cidades históricas mineiras… (qdo tenho tempinho e uma graninha sobrando, lá vamos eu e o maridón viajar!) rs
Com certeza o que conta são as prioridades. As pessoas têm que procurar as coisas que as fazem felizes. Só isso!
Olá Letícia..
Parabéns pelo site, e pela sua história aí.
Você já encontrou a razão pela qual todos nós estamos aqui, que eh descobrir tudo que a vida tem de importante que podemos levar dentro de nós e nada pode tirar.
Eu tenho exatamente este espírito, e hoje eh legal ver pessoas descobrindo como eu descobri a tempos atrás.
A 1 ano e meio atrás eu li algo parecido que parecia que tinha sido escrito por mim, o cara na situação de trabalho sem sentido enfim.
Além de descobrir que tudo que eu sentia nao era loucura pois está presente em outras pessoas, percebi que todas as coisas que impossibilitavam os desejos que tinha eram psicológicas.
Dinheiro não serve pra nada a não ser que seja para “comprar” coisas que não podem te tomar de verdade!
Planejei meu primeiro tour pela europa e larguei tudo imediatamente.!
Vendi o apartamento que estava pagando.. enfim!
Foi a melhor coisa que fiz.. Desde então não mais tive um trabalho, apenas fiz coisas pra levantar uma grana pra ir me mantendo com o mínimo..
Só planejo minhas próximas trips, vou nos EUA mas uma coisa rápida..
A próxima msm é Japão, China, India, Vietnã, Indonésia, Siri Lanka, Australia, Nova Zelandia.
A questão não é viver em função do dinheiro, e sim em trabalhar em algo que realmente importa para sua vida, fazer a diferença, algo importante.
Que coincidencia você compartilhar este texto justo hoje, pois estou esta semana MUITO em dúvida se aproveito uma promoção e uns dias de férias e viajo agora ou não… pq “tenho que guardar dinheiro”. Agora acho que já sei a reposta!
hehehe. Boa viagem!
Amei!!Minha cara isso, enquanto meu marido quer juntar dinheiro para construir nossa casa e comprar bens eu quero gasta-lo viajando.Ele fica indignado de gastar o equivalente aos tijolos da construção em uma única viagem, hehehe, mas eu vou sem remorso e no final ele também vai e adoraaa!!!!
Muito legal esse texto, Fernanda! Parabéns! 🙂
É engraçado como a gte acaba se identificando com a história dos outros. Eu tbm sou uma apaixonada por viagens e passei três anos fazendo isso, agora em terras firmes, sinto uma falta daquela época…
Abraços!
Pois é…viajar é um vício sem cura aparente.
Fernanda, seu post foi EXCEPCIONAL!
Qdo comecei a montar meu blog de viagens (que é relativamente novo), minha idéia inicial realmente era relatar minhas vivências nos meus destinos como se fossem uma das coisas mais importantes da minha vida. Foi exatamente no momento em que percebi o mesmo que vc: que tenho que aproveitar ao máximo minha juventude e minha saúde para agregar esses momentos à minha vida. E seu post apareceu para mim como seu fosse eu mesmo que tivesse escrito, tamanha identificação!!
Mais uma vez parabéns pelas sábias palavras e que continuemos com nosso constante enriquecimento cultural proporcionado por esse nosso vício maravilhoso: V I A J A R ! ! !
Um grande abraço e, assim que tiver um tempinho, visite tb o meu blog. De repente trocamos algumas idéias por aqui ou por lá…
Abc…
Ei Fernanda, primeira vez no seu blog e adorei!
tem muita gente dando muito valor ao um papel que vai e vem do que as pessoas que realmente importar. dinheiro é importante sim mas temos que viver a vida porque nunca sabemos nosso ultimo dia.
Eu e marido adoramos viajar,,, conhecemos o Brasil não tanto quanto gostariamos, mas viajamos para Chile de Norte a Sul não temos grana. Em 2015 faremos 50 anos de casados vamos para Europa tenho 69 anos ele 72 me dá uma insegurança , medo de não saber pedir o que comer… temos casa, carro, casa na praia, mas queremos viajar enquanto temos saúde para isso . Vamos fazer cursinho de inglês , tomara que no ajude um pouco….adorei seu blog !
Vocês podem ir para Portugal, Espanha e Itália. Mas dá para viajar sem falar inglês (óbvio que é o básico sempre ajuda, mas…)